Moyseis Marques mapeia e celebra matrizes culturais afro-brasileiras em baião de cepa nobre

21/11/2022 16h21


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoClique para ampliarMoyseis Marques(Imagem:Divulgação)Moyseis Marques

No mapa cultural afro-brasileiro que traça na letra do baião Na matriz, sob a perspectiva de quem reside na cidade do Rio de Janeiro (RJ), o mineiro Moyseis Marques aponta a capoeira, a sambadeira da Bahia, o maracatu de Pernambuco, o samba da escola Portela no subúrbio carioca, o jongo da Serrinha, o baile de favela e o forró cultuado em São Cristóvão, bairro carioca que sedia a feira de tradições nordestinas.

Música inédita, letrada por Moyseis Marques a partir da melodia composta pelo parceiro Rudá Brauns, o baião Na matriz celebra as raízes afro-brasileiras da música do Brasil em gravação que sai em single agendado para sexta-feira, 25 de novembro, em edição da gravadora Biscoito Fino.

“Na matriz me ecoa Luiz Gonzaga e João do Vale lá longe, o (Gilberto) Gil lá do comecinho... E o Chico César bem aqui perto. É um baiãozão chorado, com identidade negra indiscutível, pisando leve na fulô da minha sensibilidade”, caracteriza e avaliza, com poesia e razão, o bamba das letras Nei Lopes, compositor e escritor, notória autoridade quando o assunto é negritude e cultura afro-brasileira, além de parceiro de Marques em Profissional (2015) e Baião da muda (em trio póstumo formado com Aldir Blanc, 2021).

De cepa nobre que ecoa mais a face nordestina da obra de Gilberto Gil do que o cancioneiro referencial de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), o baião Na matriz chega ao mundo com arranjo de Rafael Mallmith em refinada gravação (de quatro minutos e meio) que junta Moyseis Marques (voz, violão de seis cordas e berimbau) com os músicos Ana Paula Cruz (flauta), Daniel Karin (zabumba), Gabriel Guenther (bateria) Julio Florindo (baixo) e Paulino Dias (triângulo, congas, pandeiro, ganzá e agogô), além do parceiro Rudá Brauns no bandolim.

O coro de vozes negras – formado por Luciana Oliveira, Maria Menezes, Nego Álvaro e Nina Rosa – reforça a harmoniosa celebração da fonte africana feita por Moyseis Marques na letra do baião Na matriz.

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