"O Silêncio dos Livros" aborda a extinção do livro e promete grandes reflexões
01/05/2019 11h42Fonte Gente
Você já imaginou um futuro sem livros? Para os fãs da leitura essa hipótese nem deveria existir, mas o autor Fausto Panicacci abordou essa questão em “O silêncio dos livros”, seu mais novo livro. Em entrevista ao iG Gente , o escritor contou como foi o processo de criação e em como essa discussão se faz necessária nos dias de hoje.“O silêncio dos livros” foi escrito entre 2012 e 2017, e mesmo sendo lançado agora em 2019, Fausto Panicacci afirma que o livro não retrata o momento atual do País. “Não era um retrato de um momento em particular e nem sobre a condição política. Eu escrevi bem antes dessa época”, declara.
Quando questionado se a “extinção” dos livros poderia chegar até os dias de hoje, Fausto acredita que existe essa chance. “Sempre existe essa possibilidade, quando as pessoas têm ideais totalitários, vão tentar controlar não só os livros, mas tudo que está em volta”, conta.
O autor também conta que a palavra “silêncio”, no título de seu livro, não é apenas de silenciar a literatura. “Tem um sentido duplo. Claro quando se tem essa frase na capa e falando da proibição deles, vem à ideia de silenciá-los. Mas além do sentido de silenciar a literatura, tem algo mais poético que é o silêncio para se concentrar e deixar de lado o ruído desse nosso mundo”, explica.
“O silêncio dos livros” se passa no Brasil e em Portugal, e a ideia de trazer esses dois cenários para o livro surgiu a partir da vivência do próprio escritor. “Sou um brasileiro que estava vivendo em Portugal, como a história me surgiu nesse período, fez com que acontecesse lá”, revela.
Santiago, um dos personagens, passa pelo mesmo roteiro que Fausto e durante a história tenta entender a língua portuguesa. “Em uma das histórias eu faço romantização da formação do Brasil para tentar entender a língua portuguesa. Também faço uma ligação dos estados que falam português com a carta de Pero Vaz de Caminha”, declara.
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