Obra pioneira sobre tradição oral e cultura material será lançada no Museu dos Povos IndÃgenas do PI
06/08/2024 08h39Fonte Governo do PiauÃ
Imagem: DivulgaçãoO objetivo é aproximar a formalidade acadêmica dos conhecimentos indígenas de tradição oral, abordando a temática da cultura material.
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado na sexta-feira (9), o Museu dos Povos Indígenas do Piauí - Anízia Maria, localizado na comunidade Nazaré, em Lagoa de São Francisco, será palco do lançamento do livro “Narrativas Indígenas e Cultura Material: Piauí e Maranhão”. A obra é organizada por Marleide Lins, Síria Borges e Deusdédit Filho. O lançamento será às 16h.
A publicação pioneira é uma coletânea que reúne contribuições de diversos autores, incluindo pesquisadores indígenas e não indígenas, jovens estudantes, caciques, pajés e líderes comunitários. O objetivo é aproximar a formalidade acadêmica dos conhecimentos indígenas de tradição oral, abordando a temática da cultura material.
Para Marleide Lins, uma das organizadoras da obra, o livro possui uma importância cultural imensa. “A grande contribuição para a cultura estadual e nacional é apresentar um espaço editorial para as comunidades indígenas do Maranhão e, especialmente, do Piauí, onde podem contar, escrever e registrar a própria história. Nossa historiografia sobre os povos indígenas, frequentemente, tratava de extermínio. Hoje sabemos que, mesmo antes invisibilizadas, muitas etnias são reconhecidas pela Funai em nosso estado,” destaca a escritora.
O livro conta com a participação de indígenas Kariri, de Queimada Nova; Tabajara Itacoatiara e Ypi, de Piripiri; Akroá Gamela, de Uruçuí; Tabajara e Tapuio-Itamaraty da Comunidade Nazaré de São Francisco do Piauí e Guajajara, de Teresina.
“Como organizadora, editora e coautora desta obra tão significativa, sinto-me gratificada por contribuir com o projeto de valorização das identidades e da diversidade cultural. É necessário nos debruçar sobre as questões étnicas e de gênero para construirmos uma sociedade inclusiva e igualitária. Investigar, registrar e difundir as culturas que, às vezes, permanecem à margem é nosso dever. Agradeço a todos pela participação: comunidades indígenas do Piauí e Maranhão, pesquisadores acadêmicos e instituições parceiras – Associação Amigos da Arte e da Cultura do Piauí (Assaac), Faculdade do Centro Maranhense (FCMA/Unicentro) e Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia do Maranhão (CPHNama), além do substancial patrocínio da Secretaria da Cultura do Piauí (Secult) e do Governo do Estado do Piauí”, conclui Marleide Lins.
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