Passado de Lulu Santos é desvendado em disco com Duda Brack e Jagunço

15/01/2022 10h57


Fonte G1

Imagem: DivulgaçãoLulu Santos(Imagem:Divulgação)Lulu Santos

Lado A da discografia de Lulu Santos que ficou eclipsado entre os sucessos que povoam o lado B do terceiro álbum do artista carioca, Tudo azul (1984), Ano novo lunar ganha registro fonográfico de Pedro Ferreira.

Cantor e compositor de origem carioca e vivência europeia, Pedro Ferreira é um dos 14 nomes selecionados pelo DJ Zé Pedro e pelo jornalista Renan Guerra para o elenco jovem e indie do tributo Futuro do passado – As canções de Lulu Santos.

Batizado com o nome de música de 1988, ausente do repertório do disco lançado pela gravadora Joia Moderna nesta sexta-feira, 14 de janeiro, o tributo joga luz sobre canções obscuras do compositor carioca que vislumbrou começo de era no pop brasileiro ao iniciar carreira solo em 1981.

Quatro décadas depois, Lulu é uma das mais perfeitas traduções desse pop nacional e empilha sucessos na obra monumental. Contudo, somente duas músicas do repertório de Futuro do passado são amplamente conhecidas.

A cura (1988) sobressai na voz potente de Duda Brack. Já a balada Certas coisas (1984) – composição da afinada parceria de Lulu com Nelson Motta – é abordada por Antonia Morais. Outra música da parceria de Lulu com Motta, Boba (1984) reaparece na voz do cantor paulista Tolentino com a curiosidade de ser música de Futuro do passado nunca gravada por Lulu. Até então o único registro fonográfico era o de Erasmo Carlos no álbum Buraco negro (1984).

Parceria de Lulu com Alvin L, Cadê você (1986) é reciclada pela banda baiana Astralplane na abertura do disco, cuja capa expõe arte de Eduardo Dugois. Pablo Vermell reenvia Telegrama (1986), parceria de Lulu com Scarlet Moon (1952 – 2013), musa do cantor nos anos 1980. Gobi revive Tempo quente (1982), música de Lulu e Nelson Motta lançada por Ricardo Graça Mello em single em que Lulu figurou somente como músico e backing vocal.

Cantora e compositora mineira, Jennifer Souza se embrenha em Vale de lágrimas (2005) enquanto o cantor paraense UmSebastião dá voz à Melô do amor (1980), parceria de Lulu com o ator Antônio Pedro apresentada por Lulu no primeiro single da carreira solo, lançado quando o cantor ainda se apresentava com o nome de Luiz Maurício.

Cantor e compositor da cena indie gaúcha, Jagunço aciona Radar (2019), a música mais recente do tributo, tendo sido lançada há três anos no último álbum de inéditas de Lulu, Pra sempre. Já a banda paulistana A Balsa navega por Aquilo (1999) enquanto Bemti fica com Esta canção (2000) e o carioca CS Loverboy manda Outro papo (Lulu Santos e Nelson Motta, 1990) na cadência do samba cool.

Por fim, o cantor paraense Reiner encerra o tributo com o canto de Um dia na vida (1985), joia rara deste tributo ousado em que o DJ Zé Pedro mostra que vê a vida melhor no futuro mesmo quando abre a cortina do passado da música brasileira.

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