Pianista Marcelo Galter debuta solo com Bacia do Cobre, álbum que abarca Temporal de Dorival Cay
23/09/2021 15h17Fonte G1
Com capa que expõe o quadro Parque de girassóis, obra lançada em 1966 pelo pintor baiano Genaro de Carvalho (1926 – 1971), o álbum Bacia do Cobre desembarca nos aplicativos de música na sexta-feira, 24 de setembro, marcando a estreia solo do pianista Marcelo Galter no mercado fonográfico.
Para quem não liga o nome ao som, Galter foi o pianista arregimentado pelo maestro baiano Letieres Leite para o show Claros breus (2019), da cantora Maria Bethânia.
Integrante do Letieres Leite Quinteto, Galter debuta solo com disco instrumental e autoral, gravado pelo pianista com o irmão mais velho, Ldson Galter, no toque do baixo e com os músicos Luizinho do Jêje e Reinaldo Boaventura nas percussões de acento afro-brasileiro.
O título do álbum Bacia do Cobre se refere à área de proteção ambiental situada no Parque São Bartolomeu, em Salvador (BA), cidade natal onde o pianista baiano nasceu e foi criado.
Ao arquitetar o disco Bacia do Cobre, a intenção de Galter foi temperar com toques de jazz a baianidade latente no som dos músicos e naturalmente evidente na gravação de repertório essencialmente inédito.
Esse repertório é composto por seis temas da lavra de Galter – Capricorniana, Cobra coral, Galinha pulando, Lourimbau e Prece, além da música-título Bacia do Cobre (única composição mais antiga da recente safra autoral, tendo sido criada há cerca de sete anos) – e abarca Temporal (1957), título menos badalado do cancioneiro de Dorival Caymmi (1914 – 2008), compositor matricial no universo musical de Salvador (BA).
Temporal cai em Bacia do Cobre com arranjo criado por Galter com inspiração no toque original do violão de Caymmi, urdido com ecos dos sons dos berimbaus percutidos na capoeira.
O álbum Bacia do Cobre chega ao mercado fonográfico em edição da Rocinante, gravadora carioca que promete para breve a edição em LP desse primeiro disco solo de Marcelo Galter.