SERTÃO ENCANTADO, por José Paraguassú

28/01/2022 11h55


Fonte José Paraguassú Martins Cronemberger Reis

Imagem: Reprodução/InstagramClique para ampliarJosé Paraguassú(Imagem:Reprodução/Instagram)José Paraguassú

SERTÃO ENCANTADO é a história contada em versos e prosas da minha experiência e vivência no sertão. Eu não nasci no sertão, foi o sertão que nasceu dentro de mim. Por onde eu for ele vai comigo. É um amor que não tem fim. Posso falar do sertão porque o conheço de perto. Desde criança, passando as férias nas fazendas dos meus pais e avós, tive a felicidade de conviver com os vaqueiros e moradores, assim conhecendo um pouco de suas histórias, costumes e tradições, das suas labutas com o gado, com a roça e tudo que envolve o trabalho e o lazer de quem vive no sertão.

Lá, eu era totalmente solto, como um bicho do mato, livre para fazer o que quisesse. Andar a cavalo, tomar banho no rio, pescar, caçar e tomar leite mugido bem cedo, tirado na hora e servido ali mesmo na porteira do curral. À noite, sentado na calçada, ficava admirando a lua. Coisa que só se pode ver a plenitude de sua beleza, no sertão onde não tem a iluminação artificial. Pude observar que aquele povo, mesmo levando uma vida simples, sem conforto e com muito sacrifício, ainda assim são felizes. Sabem aproveitar cada momento, sempre com bom humor e alegria.

O sertão não tem só seca, miséria e sofrimento. O sertão é muito rico com seus costumes, tradições, fé e amor às suas crendices e a sua cultura popular.

Por que SERTÃO ENCANTADO? Porque no período da seca, fica tudo sem vida. A mata toda ressequida parece morta. Os rios secam, a água fica escassa e os animais ficam magros, desnutridos. Muitos chegam até mesmo a morrer de fome e de sede. Mas basta chover, que tudo muda. A mata enverdece, cria pasto, os rios enchem novamente e até parece que é outro lugar. Cheio de vida, de alegria e felicidade.

Muitos sertanejos deixam a sua terra, o seu pedaço de chão a procura de uma vida melhor nas grandes cidades. Mas a grande maioria, assim que pode, volta para o seu amado torrão. Não esquecem as suas raízes, amizades, amores, costumes e tradições.

Creio que muito em breve vai haver uma inversão de valores e, muitos vão deixar a vida de correria, medo e violência da cidade para levar uma vida tranquila e de qualidade no sertão.

AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, quero agradecer a Deus pelo dom da vida. De tocar um instrumento, compor, cantar e escrever. Agradecer a minha família pela a formação moral e espiritual, que foram à base do meu caráter. À minha esposa, Dina Paraguassú, companheira há mais de 40 anos. Sempre ao meu lado, dando-me força e coragem para enfrentar os momentos difíceis da vida. Aos meus filhos, David Paraguassú e Ana Paula Paraguassú, pelo apoio, carinho e estímulo para continuar fazendo o que eu mais gosto, que é música e poesia.

Agradecer também ao meu grande amigo e mestre, José Bruno dos Santos, que viu em mim o que os outros não enxergavam e, convidou-me para ingressar no quadro de imortais da ALBEARTES (Academia de Letras e Belas Artes de Floriano e Vale do Parnaíba), onde eu encontrei apoio e estímulos para desenvolver e aperfeiçoar a arte que eu produzo.

Adrião Neto, que me presenteou com todos os livros de sua lavra e, tem me convidado a participar de várias publicações como coautor.

Ao meu primo, Calixto dos Reis, diretor do grupo “Ação de Mídia” de São Paulo, pela parceria, produção, execução e divulgação na sua rádio “Ação Brasil”, “Jornal São Paulo em Notícias” e na revista “Ação Brasil”. Levando assim, o meu nome e da minha cidade, não só para todo o Brasil, mas também para vários países do mundo.

Às minhas parcerias musicais, que transformaram algumas de minhas poesias em belíssimas composições.

Ao Cel. Belísio Motta de Oliveira, do jornal “O Mar Motta” de Brasília, pelo apoio e divulgação do meu trabalho.

Aos jornalistas e comunicadores, Inácia Maria, Temístocles Costa Filho, Carlos Iran, Renato Costa e N. Barros, que em nossa cidade têm divulgado minhas produções.

Agradecer a professora, jurista e poetisa, Ana Paula de Oliveira, de Natal-RN, pelo
documentário da minha produção cultural e divulgação no seu canal “Engenho de Letras” e nas suas redes sociais.

Agradecer de uma maneira muito especial aos poetas e poetisas que me homenagearam com acrósticos, sonetos e cordéis: Camilo Martins, Aldeni Ribeiro, Antônio Silva Gusmão, Cícero Ferreira dos Santos e Maria Ventania. Enfim, agradecer a todos que de alguma maneira contribuíram para que eu chegasse até aqui hoje e publicar o meu primeiro livro. Gratidão a todos (as).

BIOGRAFIA
José Paraguassú Martins Cronemberger Reis
(Escritor, letrista, músico, compositor, poeta e produtor cultural).

CONCURSOS
- 1978 - Primeiro lugar no concurso de músicas carnavalescas em Floriano/PI;
- 1996 - Classificado entre as cinco melhores, com música, para representar Floriano no Festival de músicas inéditas do SESC em Parnaíba/PI;
- 2006 - Primeiro lugar na Mostra SESC Piauí de Música, em Floriano-PI;
- 2016 - Participação na Primeira mostra TREMEMBÉ de músicas autorais do SESC.

PUBLICAÇÕES IMPRESSAS
- Pequena Antologia Poética de Floriano (1998);
- Antologia O Colecionador de Poesias do site Beco dos Poetas;
- Livro Homenagem aos Vaqueiros e Roceiros – o reconhecimento que faltava (2017);
- Autor do texto da orelha do livro Flor do Mangue (2018), de Amaro Nascimento;
- Revista Fonte, Floriano-PI;
- Coletânea Piauí em Letras (2018);
- Coletânea Piauí em Letras II (2019);
- Coletânea Piauí em Letras III (2020);
- Adrião Netos & Amigos (2020);
- Revista O Piagui (Parnaíba - 2020);
- Jornal O Piagui (Paranaíba 2021);
- Revista Ação Brasil (São Paulo – 2021);
- Jornal O Mar Motta (DF – 2021);
- Coletânea Mário Ribeiro & Amigos – São Luiz Gonzaga - RS (2021);
- Amélia Luz & Amigos (São Luiz Gonzaga - RS (2021);
- Coletânea Piauí Poético (2021);
- Coletânea Piauí em Letras 4 (2021);

PUBLICAÇÕES EM SITES
- Recanto das Letras;
- Beco dos Poetas;
- Poetas do Piauí;

HOMENAGENS
- Diploma do Mérito Cultural Da Costa e Silva, conferido pela União Brasileira de Escritores do Piauí;
- Diploma do Mérito Cultural e Ecológico Bury-Açu, o Espirito do Brejo, concedido pelo Instituto de História, Artes e Letras IHAL;
- Diploma do Mérito Cultural Poeta Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva;
- Diploma do Mérito Cultural na área profissional de Música, outorgado pela Ordem dos Músicos do Brasil secção do Piauí;
- Certificado de Participação da Solenidade em Homenagem aos Vaqueiros e Roceiros no-Monumento Nacional do Jenipapo, conferido pela Academia Campomaiorense de Artes e Letras;
- Dicionário Biográfico Virtual de Escritores Piauienses, de Adrião José Neto, publicado no site Usina de Letras.
- 2019 - Homenagem como autor convidado do Círculo de Leituras Itinerante em Literatura Piauiense.
- 2019 - Documentário publicado nas redes sociais sobre a obra de José Paraguassú produzido pela jurista, professora e escritora Ana Paula (engenhodeletras.blogspot.com)
- Paraninfo da turma de Letras Português da UESPI (2021)
- Live do projeto Cultural Florar (lei Aldir Blanc) 2021
- Live beneficente do Repórter Amarelinho (2021)
- Live Maria Ocupada (teatro Maria Bonita) (2021)

PROJETOS E GRUPOS
- Fundador do Projeto Cultural Florart;
- Repórter correspondente do Jornal São Paulo Em Notícias e da revista Ação Brasil;
- Membro da ABRAMUS - Associação Brasileira de Músicas e Artes;
- Membro da ALBEARTES- Academia de Letras e Belas Artes de Floriano e Vale do Parnaíba cadeira Nº 13.

A CASA DO ZÉ BENTO
Autor: José Paraguassú

Gosto do interior
Bem longe da cidade
De prosear com os caboclos
Falar amenidades
Tomar pinga no terreiro
Quando a lua faz claridade
Dormir em uma rede
Armada ao relento
Apreciando as estrelas
Embalado pelo o vento
Deixando que o tempo vague
Sem comprometimento
No domingo ir à feira
Comprar uns mantimentos
Depois ir a um forró
Na casa do Zé Bento
Que tem dez filhas
Doidas por casamento
Cada uma mais bela que a outra
E dançam que é um tormento
Fazendo-me esquecer da hora
Com tanto encantado.

Nota de “O MAR MOTTA”: Parabenizamos o escritor e amigo José Paraguassú por esta maravilhosa obra recém lançada, ao mesmo tempo que destacamos a sua gentileza de citar o meu nome e de meu jornal nos seus agradecimentos. Muito obrigado, meu amigo!

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