Sucesso de Lupin, depois de La Casa de Papel, consagra a globalização das séries de TV

22/01/2021 18h30


Fonte G1

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 Depois da sensação com a série espanhola "La Casa de Papel", o sucesso da francesa "Lupin" ilustra o fim da hegemonia dos Estados Unidos na produção televisiva, um movimento impulsionado pelas plataformas e a nova ambição de atores internacionais.

"Há 10 anos, 90% da criatividade estava nos Estados Unidos", lembra Pascal Breton, fundador e presidente da produtora Federation Entertainment. "Havia boa criatividade local em um pequeno nível, mas não viajava."

No entanto, as coisas mudaram. O poder da internet aumentou, o modelo de televisão sob demanda se instalou, os canais americanos deram o exemplo, com a HBO na liderança. Tudo isso levou os estrangeiros a apostarem nas séries, quando antes optavam pelo cinema ou pelo esporte.

"Não sei bem qual era a intenção no início, mas as produções confirmaram que não era apenas uma forma de se diferenciar no mercado internacional, mas que isso interessava a outros mercados", explica Luca Barra, professor da Universidade de Bolonha e coautora de um estudo sobre ficção televisiva na Europa.

Esta "mudança de mentalidade" também favoreceu o desenvolvimento de estruturas de produção transnacionais, especialmente na Europa, para dar conta de um aumento dos orçamentos, afirmou.


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