Toquinho reverte expectativas na arte de fazer música com Paulo César Pinheiro
09/11/2020 18h25Fonte G1
Imagem: Reprodução
Há um resto de esperança que ilumina a estrofe final de Tudo de novo, grande samba que encerra A arte de viver, primeiro álbum de músicas inéditas de Toquinho desde Quem viver verá (2011).“Mas a paixão não se rendeu / Coração não se entregou / Que a união de quem sofreu / Faz a força contra a dor / E a aliança do plebeu é a queda o imperador”, canta o paulistano Antonio Pecci Filho, aos 76 anos, revertendo a má expectativa da letra nos versos finais deste samba gravado com a adesão vocal de Paulo César Pinheiro, parceiro de Toquinho em Tudo de novo e nas outras dez músicas inéditas ouvidas no disco ao longo de 29 minutos.
Lançado pela gravadora Deck na sexta-feira, 6 de novembro, em edição digital e também no formato de CD, o álbum A arte de viver amplia o repertório autoral desse cantor, compositor e violonista paulistano revelado nos anos 1960 e projetado na década de 1970 em dupla com Vinicius de Moraes (1913 – 1980).
Contudo, ao reeditar a parceria com Paulo César Pinheiro, obra que há 15 anos já rendeu o álbum Mosaico (2005), Toquinho oscila na criação do repertório letrado pelo compositor e poeta carioca. Na contramão de quase todos os álbuns, que geralmente começam bem e vão perdendo pique na medida em que as faixas avançam, A arte de viver roça a banalidade no início, quando Toquinho apresenta sambas com nível abaixo dos históricos do melodista e do poeta letrista.
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