Trio Gilsons faz sucesso com shows lotados pelo Brasil e repertório autoral cantado por público jove

13/03/2022 12h40


Fonte G1

Imagem: ReproduçãoQuando saiu do palco do Circo Voador na madrugada deste domingo, 13 de março, o trio carioca Gilsons encerrou semana especialmente consagradora que atestou o real sucesso do grupo(Imagem:Reprodução)
 Quando saiu do palco do Circo Voador na madrugada deste domingo, 13 de março, o trio carioca Gilsons encerrou semana especialmente consagradora que atestou o real sucesso do grupo formado em 2018.

Na sequência imediata de dois shows lotados no Cine Joia, na cidade de São Paulo (SP), Francisco Gil, João Gil e José Gil partiram para a cidade natal do Rio de Janeiro (RJ) para se apresentarem no sábado, 12 de março, em um Circo Voador igualmente lotado, fazendo show cujos ingressos tinham se esgotado há quase um mês.

A partir da próxima semana, o grupo cai na estrada em rota que levará os Gilsons para outras 10 capitais do Brasil com o show da turnê Pra gente acordar. A agenda do trio tem apresentações marcadas até agosto.

O atual show estreou no embalo do lançamento do primeiro álbum do trio, também intitulado Pra gente acordar e posto em rotação às 22h22 de 2 de fevereiro de 2022.

O expresso 2222 do Gilsons partiu direto para o sucesso. O sucesso real, não o sucesso fake. Na era digital das redes sociais, coexistem no universo pop o sucesso real – aquele que mobiliza de fato um nicho do mercado e amealha público além do círculo de amizades, como vem acontecendo com o Gilsons – e o sucesso fake, alimentado artificialmente tanto com o impulsionamento financeiro do número de visualizações de vídeos, de seguidores e de likes em posts quanto com os comentários falsamente elogiosos de amigos e celebridades que criam ondinha hype que se desfaz após um tempo com a mesma rapidez com que se ergueu nas redes e por vezes na mídia.


O sucesso de Francisco Gil, João Gil e José Gil é real até pelo fato de ter sido natural e progressivo. Tudo começou quando, em 2019, a banda emplacou nas pistas a regravação de Várias queixas (Germano Meneghel, Afro Jhow e Narcizinho, 2012), música que o grupo baiano Olodum apresentara há então sete anos. Foi um hit inesperado e precoce para uma banda que tinha entrado em cena há apenas um ano.

Beneficiados pela conexão direta com o público através das redes sociais, ferramentas fundamentais se usadas sem ações e estratégias que criem a ilusão de sucesso, Francisco Gil, João Gil e José Gil tiveram a sabedoria de jamais se escorar na música superlativa do patriarca Gilberto Gil – pai de José Gil e avô de Francisco Gil e João Gil – e de investir em repertório autoral em movimento que culminou com a edição do álbum Pra gente acordar e a consequente conexão da banda com o público jovem.

Vídeos de shows recentes do trio atestam a adesão do público ao cancioneiro composto pelos artistas com eventuais parcerias com nomes como Júlia Mestre e o percussionista baiano Léo Micuri.

Batizado por Preta Gil com nome engenhoso que junta Gil com sons (palavra que significa filhos em inglês e que, em português, é o plural de som), o grupo faz a música que a geração 2022 quer ouvir. O que ajuda a explicar o sucesso real e consagrador dos Gilsons.


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Tópicos: banda, trio, gilsons