Violonista Marcelo Menezes impõe o D.N.A. carioca nas cadências dos sambas do terceiro álbum autoral
11/08/2022 15h06Fonte G1
O violonista, compositor, cantor e arranjador Marcelo Menezes reside atualmente em Guarulhos (SP), mas é carioca e, embora tenha sido criado em São João de Meriti (RJ), na Baixada Fluminense, veio ao mundo no bairro da Tijuca e frequentou os bares da zona boemia da cidade natal do Rio de Janeiro (RJ).
O D.N.A. e a vivência carioca do artista prevalecem ao longo das 14 faixas do álbum Marcelo Menezes, como exemplifica Samba do Largo, parceria do músico com o bamba das letras Nei Lopes.
Não por acaso, Menezes aparece na capa deste terceiro álbum autoral – em foto de Leo Aversa – sentado em um bar, munido do violão de toque aperfeiçoado em aulas com Horondino José da Silva (1918 – 2006), o mestre Dino Sete Cordas.
Sucessor dos álbuns Festejo (2017) e Guardião (2019) na discografia solo autoral de Menezes, o atual álbum está disponível no mundo digital desde 5 de agosto, sai também em CD (com encarte farto de informações) e celebra os 30 anos de atividade profissional do artista, em cena desde a década de 90, quando surgiu como integrante do grupo Dobrando a Esquina no circuito de samba e choro do bairro carioca da Lapa.
Em Marcelo Menezes, álbum já lançado em junho em Portugal, o violonista enfileira 14 músicas compostas em parcerias com Ana de Hollanda (letrista de Há um Leme), Chico Alves, Delcio Carvalho (1939 – 2013), Eduardo Gudin, Jorge Simas, Gisa Nogueira, Ivor Lancellotti, Marceu Vieira, Mario Lago Filho, Paulo César Pinheiro, Roberto Didio, Roque Ferreira e Teresa Cristina, além do já mencionado Nei Lopes.
O samba de Menezes em parceria com Delcio Carvalho, Cidade vencida, é lançado postumamente com a adesão da cantora Áurea Martins. Outro convidado do disco, Zé Renato cai com Menezes na manemolência do samba-coco Na cintura dela, letrado com verve por Paulo César Pinheiro.
Entre a ambiência bossa-novista de Que tempo é esse? (parceria com Eduardo Gudin), a levada baiana de Samba meu (dele e de Roque Ferreira) e a evocação carnavalesca de Boas lembranças (parceria com Ivor Lancellotti), Marcelo Menezes faz pulsar a alma musical carioca nas cadências de sambas como Cumplicidade (parceria com Teresa Cristina), Dia de virada (assinado com Gisa Nogueira), Metade (feito com Chico Alves) e Saudade que faz doer (composto com Marceu Vieira).
Fora do universo do samba, a faixa É xote, Mariana (parceria com Roberto Didio) assenta o disco na terra nordestina do forró em gravação feita com a adesão de Geraldo Azevedo.
O time de arranjadores do álbum Marcelo Menezes inclui os pianistas Cristóvão Bastos e Kiko Horta e os violonistas Claudio Jorge, Luís Filipe de Lima, Maurício Carrilho, Paulão Sete Cordas e Paulo Aragão, entre outros nomes.
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