6 cidades do PI estão entre as 10 piores do país em analfabetismo; estado tem 2º maior índice

18/05/2024 11h34


Fonte g1 PI

Imagem: Reprodução/EPTVAlfabetização da população brasileira(Imagem:Reprodução/EPTV)Alfabetização da população brasileira

Seis municípios do Piauí estão entre os dez com as maiores taxas de analfabetismo do país, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa, divulgada nesta sexta (17), considerou pessoas com 15 anos ou mais e a resposta à pergunta "sabe ler e escrever?". Os dados de todos os estados mostram que o Piauí tem a segunda maior taxa de analfabetismo do Brasil: 17,23%.

Entre os municípios com os piores índices, Floresta do Piauí apresenta a segunda maior taxa de analfabetismo do país, com 34,68%, superada apenas por um município de Roraima, que registrou 36,81%.

Os demais municípios do Piauí dentre as maiores taxas de analfabetismo do país são: Aroeiras do Itaim (34,63%), Massapê do Piauí (34,30%), Paquetá (34,28%), Padre Marcos (34,01%) e Alagoinha do Piauí (33,61%).

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que no Piauí havia 2,58 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 2,14 milhões sabiam ler e escrever, e cerca de 446 mil pessoas não sabiam, resultando em uma taxa de alfabetização de 82,77%.

De acordo com o Censo, a menor taxa de analfabetismo no Piauí é de Teresina, com 7,12%. Em 2010, a taxa na capital era de 9,12%, representando uma redução de 21,9%. Exceto Teresina, todos os municípios piauienses apresentaram taxas superiores a 10%.

Veja as outras com menores taxas:

Imagem: IBGEMunicípios com as 10 menores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade ? Piauí ? 2022 (Imagem: IBGE)Municípios com as 10 menores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade ? Piauí ? 2022 

A taxa de analfabetismo no país, que havia sido de 9,63% em 2010, caiu para 7,0% em 2022, o que representou uma queda de 27,31% na proporção de pessoas analfabetas, indicador superior ao observado para o Piauí (redução de 24,86%).

A taxa de analfabetismo no Brasil caiu de 9,63% em 2010 para 7,0% em 2022, uma redução de 27,31%. No Piauí, a queda foi de 24,86%, passando de 22,93% em 2010 para 17,23% em 2022.

Teresina tem a 2ª maior taxa de analfabetismo das capitais

Teresina apresentou a segunda maior taxa de analfabetismo entre as capitais brasileiras, com 7,12%, ficando atrás apenas de Maceió (AL), que registrou 8,42%. A taxa da capital piauiense ficou abaixo da média estadual (17,23%) e um pouco acima da média nacional (7,0%).

Imagem: IBGETeresina apresentou a segunda maior taxa de analfabetismo dentre as capitais brasileiras (Imagem:IBGE)Teresina apresentou a segunda maior taxa de analfabetismo dentre as capitais brasileiras 

Altas taxas no interior

18 cidades do Piauí registraram taxas de analfabetismo superiores a 30% entre a população de 15 anos ou mais.

Entre os piores indicadores, Floresta do Piauí se destacou com a maior taxa do estado, 34,68%, o que é duas vezes maior que a taxa estadual e quase cinco vezes maior que a nacional. Aroeiras do Itaim (34,63%) e Massapê do Piauí (34,30%) também figuram entre os municípios com maiores taxas.

Imagem: IBGEMunicípios com as 10 maiores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade ? Piauí ? 2022 (Imagem: IBGE)Municípios com as 10 maiores taxas de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade ? Piauí ? 2022 

Reduções

Alguns municípios piauienses tiveram reduções expressivas na taxa de analfabetismo entre 2010 e 2022. Acauã reduziu a taxa de 30,41% para 16,89%, uma queda de 44,46%. Demerval Lobão e Cajueiro da Praia também apresentaram reduções significativas de 42,79% e 41,42%, respectivamente.

O único município do estado que não apresentou redução da taxa de analfabetismo foi Olho D’Água do Piauí, que em 2010 havia registrado 20,91% de analfabetismo e em 2022 registrou 22,08%, um crescimento de 5,58% na proporção de analfabetismo.

Como o Censo funciona?

- O que é o Censo? É uma pesquisa realizada pelo IBGE para coletar dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país.

- Por que ele é importante? O Censo identifica informações essenciais para a criação de políticas públicas. A partir delas, é possível direcionar os recursos financeiros da União para estados e municípios, como nas áreas de saúde, educação, habitação, transportes e energia.

- Como os dados foram coletados? Foram três formas de participação: entrevista presencial (98,9% dos casos), por telefone (entrevistas feitas por recenseadores) ou preenchimento de formulário on-line.

O Censo entrevista os brasileiros na residência habitual, seja um lar particular, coletivo (asilos) ou improvisado (nas ruas, por exemplo).

Tópicos: ibge, censo, analfabetismo