Conheça Antônio, trabalhador rural de 32 anos que foi alfabetizado durante a pandemia, no DF
28/03/2021 09h23Fonte G1 Educação
Aos 32 anos, Antônio Alexandre dos Santos Souza carrega nas mãos os calos da lida diária na roça, e um celular, que comprou com dificuldade. Mas, até um ano atrás, ele não conseguia ler as mensagens que chegavam por meio do aparelho (assista abaixo).
Quem quisesse se comunicar com Antônio, tinha que mandar áudio, ou ligar. O motivo? O cearense, que em 2010 veio morar na capital do país, era analfabeto.
Não saber ler e escrever era motivo de vergonha e tristeza para Antônio. "Já cheguei no ponto do pessoal mandar mensagem no celular e eu ficar tipo, perdido". Para driblar a situação, Antônio conta que recorria a alguém próximo para saber o que estava escrito.
Ao G1, o pequeno agricultor que mora na região de Planaltina, no Distrito Federal, disse que não tinha "coragem" de ligar de volta, ou gravar áudio, para dizer que era analfabeto. "Eu tinha vergonha, né? De dizer que não sabia."
O mesmo celular acabou sendo a ponte para a alfabetização de Antônio. Com o apoio de duas professoras da rede pública, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, o homem tímido abre um sorriso para contar que já reconhece as letras, escreve algumas palavras e lê frases curtas.
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