Enem 2022: autocobrança e estudo em excesso podem ser prejudiciais para candidatos

18/10/2022 08h59


Fonte G1 PI

Imagem: Reprodução/TV ClubeEnem 2022: autocobrança e estudo em excesso podem ser prejudiciais para candidatos.(Imagem:Reprodução/TV Clube)

A autocobrança pode ser prejudicial para muitos candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Especialistas alertam, com a proximidade da avaliação, que saber dosar o tempo de estudos e evitar esgotamento é fundamental.

Nívea Maria da Silva é estudante do Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Didácio Silva, localizado no bairro Itararé, zona Sudeste da capital. Ela acredita que a pressão para ter um bom resultado é ainda maior quando não se encontra apoio familiar.

“Os meus pais estão me apoiando, sempre dizem que há mais de uma chance e que posso tentar ano que vem, caso este ano dê errado. Mas não tô muito a fim de tentar ano que vem”,
comentou em entrevista à TV Clube.

Mais de 220 estudantes matriculados no 3º ano do ensino médio do Ceti Didácio Silva devem participar do Enem 2022. A escola possui bons índices de aprovação e, segundo a coordenadora Valdália Mateus, não será diferente nesta edição, apesar da reforma estrutural que a instituição enfrenta há cerca de oito meses.

“Mesmo com a reforma, a gente tá buscando sempre a questão da revisão, de conversar com eles. Temos uma psicóloga que, sempre que alguém precisa de uma palavra, de um desabafo, está na escola”, contou a coordenadora.

O ideal é que a autocobrança esteja sempre acompanhada da automotivação. Para tentar superar os próprios limites, o primeiro passo é estabelecer objetivos e adequá-los à rotina.

“Em pleno século 21, as dificuldades são grandes. Problemas pessoais, depressão, ansiedade, isso tudo atrapalha na hora do estudo. Ter uma cabeça relativamente equilibrada facilita muito”, declarou o estudante Vinícius Araújo.

Elder Macêdo vai fazer o Enem pela quarta vez, para tentar uma vaga no curso de medicina. O objetivo, este ano, é alcançar a nota máxima na prova de redação.

“900, 920 são notas boas, mas pra quem [quer] alcançar Medicina, buscar o 1.000 é melhor. Como é uma área que consegue alcançar um TRI (Teoria de Resposta ao Item) muito grande, em relação às outras, é muito bom alcançar o máximo possível”,
comentou.

À TV Clube, o professor de redação Rógi Almeida destacou que o aluno precisa estar atento a detalhes, mas que treino, dedicação e leitura são o segredo.

“O que coloco pros alunos é que eles procurem produzir, estejam preparados pra qualquer viés temático e, consequentemente, absorvam estratégias argumentativas, repertório a cada tema, a cada produção de texto”, concluiu.

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Tópicos: sempre, enem, tentar