Estudantes adolescentes de Teresina estão adotando hábitos alimentares mais saudáveis, aponta IBGE

18/07/2022 11h05


Fonte Portal ClubeNews

Imagem: FreepikClique para ampliarHouve uma redução no consumo de guloseimas e refrigerantes entre estudantes teresinenses de 13 a 15 anos.(Imagem:Freepik)Houve uma redução no consumo de guloseimas e refrigerantes entre estudantes teresinenses de 13 a 15 anos.

Doces, bolos, guloseimas e refrigerantes… Por muito tempo, essas delícias foram sinônimos de adolescência, sendo bastante consumidas nessa fase, especialmente no ambiente escolar. No entanto, com o fortalecimento da cultura da alimentação saudável, estudantes adolescentes, de Teresina, estão diminuindo ou, até mesmo, retirando esses produtos do seu dia a dia.

Entre 2009 e 2019, o consumo habitual de refrigerantes e guloseimas reduziu entre os estudantes teresinenses de 13 a 15 anos de idade. Essa informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realizou a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE).

De acordo com a nutricionista Flávia Larissa, vários fatores estão relacionados a essa diminuição. “Uma lei foi aprovada para que, nas escolas, esteja proibida a venda de refrigerantes, salgados e salgadinhos. Outro ponto que vem crescendo muito e que tenho notado é que os adolescentes estão começando a vida fitness, além de se preocuparem, cada vez mais, com o corpo e a mente”, disse.

Sobre o processo de coleta de dados, a PeNSE analisou a evolução do consumo, em pelo menos cinco dias, de cinco tipos de comidas. Como marcadores de alimentos saudáveis têm-se o feijão, legumes e verduras, já os não saudáveis: guloseimas e refrigerantes.

Cerca de 26,7% dos estudantes adolescentes consumiam, habitualmente, refrigerante em 2009. Em 2019, essa porcentagem caiu para 12,2%. Com relação a guloseimas, em 2009 era de 42,1%, passando para 29,8% no ano de 2019.
Imagem: FreepikA PeNSE analisou a evolução do consumo, em pelo menos cinco dias, de cinco tipos de comidas.(Imagem: Freepik)A PeNSE analisou a evolução do consumo, em pelo menos cinco dias, de cinco tipos de comidas.

Contudo, houve um crescimento na ingestão de legumes e verduras, de 25,9% em 2009 para 33,3% em 2019. Com relação ao feijão, houve uma queda, com o índice de 54,1%, em 2009, indo para 50,3% em 2019.

A nutricionista Layane Rodrigues explica que as redes sociais também podem ser utilizadas de forma positiva para ajudar na popularização de refeições mais saudáveis. Alguns adolescentes teresinenses inspirados em perfis voltados para essa temática, por exemplo, já estão adotando a famosa “marmitinha” e levando para as escolas, que já estão incentivando essas práticas.

“A importância disso é, justamente, uma melhor qualidade de vida. Isso diminui o risco de aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, diabetes e alteração de colesterol que podem vir a surgir com o consumo de alimento dessas guloseimas a longo prazo”,
explica.

Layane também explica que, ao adotar hábitos alimentares mais saudáveis, adolescentes poderão obter vários benefícios na hora dos estudos. “Tanto por auxiliar na questão de concentração, eles auxiliam na memorização, facilitando isso. A alimentação está envolvida na formação de vários neurotransmissores, isso ajuda na redução de estresse e ansiedade, muito comuns e frequentes entre os estudantes”, afirma a profissional.

*Com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)