´Fui às aulas mesmo após ter visto colegas mortos na minha universidade. Mas agora preciso fugir.´

20/08/2021 06h44


Fonte G1

 
Imagem: ReproduçãoClique para ampliar?Meu coração e minha alma sofrem, porque não vai ter jeito: preciso deixar a terra que amo e emigrar. Tenho esperança de um dia voltar e ser um símbolo da coragem da mulher afegã?,(Imagem:Reprodução)

“Há três anos, entrei na Universidade de Cabul, mesmo com todos os problemas do meu país. Sempre fui contrária à ideia de que meninas devem só se casar; nunca quis isso para mim. Tentei estudar, me tornar independente e provar que mulheres não são fracas. Elas têm direito à educação.”

A declaração acima é de Hada Hamidi, de 21 anos, aluna de engenharia de uma das principais instituições de ensino da capital do Afeganistão. Ela terminaria a graduação em dezembro de 2022.

O que a jovem não esperava é que o grupo extremista Talibã tomaria Cabul em agosto de 2021, voltando ao poder.

As consequências foram imediatas: Hada teve de abandonar a graduação e se trancar em casa com a irmã, de 1 ano, e os pais. Pelo histórico de interpretação radical que os insurgentes fazem do Islã, mulheres costumam ser proibidas de estudar e trabalhar.

“Meu coração e minha alma sofrem, porque não vai ter jeito: preciso deixar a terra que amo e emigrar. Tenho esperança de um dia voltar e ser um símbolo da coragem da mulher afegã”, conta Hada.


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