Inep: 29 funcionários pedem demissão a poucos dias do Enem
08/11/2021 17h08Fonte meionorte.com
Imagem: ReproduçãoInep: 29 funcionários pedem demissão a poucos dias do Enem
Vinte e nove funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) pediram exoneração nesta segunda-feira (8), a menos de duas semanas da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro.
Inicialmente, haviam sido divulgados 13 nomes. Em seguida, outros 16 servidores integraram o grupo.
Em nota, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) lamentou "profundamente" a situação de o instituto ter "chegado a esse ponto". Afirmou ainda que os demais servidores que continuam no Inep vão seguir trabalhando para que as demandas do órgão sejam cumpridas, mas cobrou uma "atuação urgente" do Ministério da Educação (MEC) e do governo federal para resolver a questão.
A demissão em massa acontece dias após o pedido de exoneração de dois coordenadores ligados à realização do exame. Em setembro, o então diretor de tecnologia responsável pela versão digital do exame também já havia pedido para sair.
A Frente Parlamentar Mista da Educação, representada pelo professor Israel Batista (PV-DF), afirmou que vai protocolar na Comissão de Educação um requerimento para convocar o presidente do Inep para esclarecimentos. A entidade também deve enviar um pedido de informações para o Ministério da Educação (MEC) e Inep sobre o que tem ocorrido lá.
No pedido de dispensa encaminhado à diretoria do Inep, os servidores afirmam que o motivo se deve à "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima" do órgão e à situação explicitada em um documento divulgado em uma assembleia realizada na quinta-feira (4).
Servidores também relatam sofrer assédio moral, como a troca de funções sem contra sua vontade, sem serem nem consultadas.
A presidência do Inep é comandada por Danilo Dupas, que ainda não se pronunciou.
De acordo com o pedido de dispensa encaminhado à diretoria do órgão e assinado pelos servidores, as denúncias feitas em assembleia realizada na última quinta-feira (4) são alguns dos motivos, como suposta "falta de comando técnico". A presidência do Inep é comandada por Danilo Dupas.
A “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima do Inep” também foi outra causa apontada pelos funcionários.
Críticas ao planejamento do Enem
Na assembleia da semana passada, servidores do Inep disseram ver risco à aplicação da prova do Enem 2021 pelo que classificam de "falta de comando técnico".
Em um ato realizado em frente ao prédio do instituto, em Brasília, um grupo de funcionários afirmou que a atual gestão promove um "clima de insegurança e medo".
De acordo com os relatos dos servidores, a aplicação das provas do Enem está sendo elaborada sem a atuação das Equipes de Incidentes e Resposta (ETIR), por decisão "arbitrária e unilateral" de pessoas com cargos de chefia, ligadas à presidência do instituto.
O grupo que fez o protesto conta que os técnicos do Inep não têm sido ouvidos. A Associação dos Servidores (Assinep) disse que vai enviar um relatório de denúncias sobre os problemas para parlamentares federais.
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