Instalação da UFPI marca nova fase histórica no Piauí, diz Felipe Mendes

27/02/2021 18h17


Fonte G1

Imagem: Agência SenadoInstalação da UFPI marca nova fase histórica no Piauí, diz Felipe Mendes(Imagem:Agência Senado)Instalação da UFPI marca nova fase histórica no Piauí, diz Felipe Mendes

A criação da Universidade Federal do Piauí (UFPI) na década de 1970 inaugurou uma nova fase histórica no Piauí. No mesmo período, foi criada a Barragem de Boa Esperança. Para o economista, pesquisador e docente aposentado da UFPI, Felipe Mendes, as duas instalações integram etapas significativas na história do Piauí, ao lado da criação da capitania do Piauí ainda no período colonial e da transferência da capital do estado para Teresina no século XIX.

Segundo Felipe Mendes, as criações da UFPI e da barragem marcam uma nova fase por dois fatores. “Um da infraestrutura física, da energia; e outro da infraestrutura intelectual, cultural, do capital humano que ninguém quase se refere, que é gerado pela UFPI. São dois momentos importantes e simultâneos e considero que de 1970 para cá o Piauí está vivendo uma nova fase”, frisou.

Como nasceu a UFPI

A UFPI foi inaugurada em 1º março de 1971 com a fusão de cinco faculdades: Faculdade de Direito, instituição federal; Faculdade de Medicina, instituição estadual; Faculdade de Filosofia, instituição criada pela Igreja Católica; Faculdade de Odontologia, instituição criada por profissionais da odontologia com apoio do governo do estado; e Faculdade de Administração, instituição com sede em Parnaíba e criada pela iniciativa privada.

A participação dos diferentes segmentos da sociedade, como governo federal, governo estadual, iniciativa privada e sociedade civil, mostra um esforço coletivo para a criação da Instituição. “Daí que (hoje) o Conselho Diretor da nossa Universidade reúne representantes desses segmentos, porque todos eles colocaram para patrimônio da UFPI essas instituições que já estavam criadas”, lembra Felipe Mendes.

Próximos 50 anos

Felipe Mendes disse que é difícil fazer uma previsão para os próximos 50 anos, mas que é preciso começar logo para chegar bem, seja amanhã, daqui 5 ou 50 anos. “Acho que temos, em primeiro lugar, o principal que são as pessoas, recursos humanos aqui dentro, professores, funcionários e alunos, esse conjunto vai permitir que a sociedade tenha melhores quadros, seja para trabalhar como profissionais autônomos, seja para trabalhar como empresários. Segundo, esse futuro depende muito do destino das pesquisas daqui, se a pesquisa for mais no sentido da realidade local, das necessidades da sociedade e do estado, teremos seguramente uma melhor universidade ao longo dos anos. E a extensão leva a Universidade para as pessoas lá fora que não podem estar aqui dentro”.

O economista destacou a experiência do reitor Gildásio Guedes na educação a distância e seu conhecimento da importância da necessidade da universidade chegar a todos os lugares, quando não pode fisicamente, deve chegar por meio das tecnologias da informação e comunicação.

Para finalizar, ele frisou a relevância das universidades na economia do conhecimento. “Certamente esse é o papel principal, estamos atrasados na economia do conhecimento, perdemos tempo na economia dos recursos naturais, que ainda estamos patinando de alguma maneira, e aí é que entram as universidades públicas nesse papel. O conhecimento que está sendo criado pelo mundo todo que precisa ser assimilado por nós aqui por intermédio da universidade”, finalizou.

Felipe Mendes é autor do livro Economia e Desenvolvimento do Piauí (1662-2002), lançado pela Editora da UFPI (EDUFPI), em co-edição com a Academia Piauiense de Letras (APL) e impresso na Gráfica da UFPI. O livro está na segunda edição e pode ser adquirido na Livraria Monsenhor Melo na UFPI.

Ele é um dos entrevistados do podcast Meninos, eu vi: os 50 anos da UFPI por quem viu e viveu a nossa Universidade, produzido e apresentado pelo Superintendente de Comunicação Social da UFPI, professor e jornalista Fenelon Rocha.

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Tópicos: economia, ufpi, sociedade