Ministro da Educação afirma que não considera medo da pandemia motivo plausÃvel para faltar a prov
14/08/2021 10h27Fonte G1
Imagem: Karla MendesMinistro da Educação, Milton Ribeiro
O Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou, nesta sexta-feira (13), não considerar medo da pandemia de Covid-19 um motivo "plausível" para faltar a provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Medo não. Medo é muito subjetivo. As pessoas podem ter medo, inclusive, de ir mal na prova. Tem que ter uma coisa mais razoável, uma justificativa que seja no mínimo plausível, para eu poder autorizar a isenção”, afirmou o ministro ao ser questionado sobre candidatos que faltaram à última edição do Enem por medo da pandemia.
"A pessoa fazer a inscrição de graça, não ir e depois querer depois fazer várias provas, não pode. Tem que levar a sério o dinheiro público", disse.
O ministro, que cumpre agenda em Manaus, participou, na tarde desta sexta-feira (13), da inauguração do polo de inovação do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), vinculado ao Ministério da Educação (MEC), no Campus Distrito Industrial.
Nesta semana, entidades estudantis e partidos políticos entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo que seja reaberto o processo de inscrição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, para que os candidatos reivindiquem a isenção da taxa.
De acordo com as regras do exame, pessoas em situação de vulnerabilidade e ex-alunos da rede pública têm direito de isenção na taxa de R$ 85 para fazer a prova. Os candidatos que na última edição do exame estavam isentos, mas não foram aos locais de prova, só poderiam ter a isenção novamente se justificassem o motivo.
Porém, apenas os motivos previstos no edital foram aceitos, como acidentes de trânsito no dia da avaliação, emergências médicas e assaltos, com a devida comprovação, por exemplo. O edital não incluía aqueles que não fizeram as provas por medo da pandemia ou com sintomas gripais, mas sem atestado médico.
Sobre o assunto, Milton afirmou que neste ano, 54% do total de inscrições no Enem tiveram isenção na inscrição e disse ainda que, como gestor, tem que administrar da melhor forma os recursos públicos.
“Entendo isso e também que muita gente estava desempregada, mas eu sou gestor público e gestor tem que cuidar dos recursos públicos. Eu, simplesmente, coloquei uma regra. Eu dei a oportunidade para essas pessoas poderem se justificar. Aquelas que não puderam se justificar dentro daqueles itens, eu eu não tenho como adivinhar algumas coisas. O que fiz foi dizer ‘olha, vocês não conseguiram, eu não posso’, se não eu pego o dinheiro público e jogo na lata do lixo”, comentou.
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