Seduc reforça compromisso com a educação antirracista

22/03/2025 08h45


Fonte Governo do Piauí

No Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, o Piauí reafirma seu compromisso com uma educação que valoriza a diversidade e combate ao racismo. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) tem transformado as escolas em espaços de respeito, inclusão e representatividade, promovendo ações concretas para fortalecer a educação antirracista.

Um dos destaques dessa iniciativa é o programa “Educar para Respeitar”, criado em 2023 para integrar ações pedagógicas, formações e políticas públicas voltadas à valorização da diversidade étnico-racial.
Imagem: DivulgaçãoSeduc reforça compromisso com a educação antirracista.(Imagem:Divulgação)

Identidade e representatividade nas escolas

Uma das primeiras medidas do programa foi a Campanha de Autodeclaração de Raça/Cor ou Etnia, que incentivou os estudantes a se reconhecerem e se identificarem com orgulho durante o processo de matrícula. Esses dados ajudam a direcionar políticas públicas que atendam melhor cada comunidade, garantindo mais representatividade e inclusão.

Para apoiar professores e alunos nesse processo, a Seduc lançou a cartilha “Orientações para Educação das Relações Étnico-Raciais”, um guia prático distribuído em todas as escolas da rede. O material traz atividades, reflexões e estratégias para a construção de um ambiente educacional verdadeiramente antirracista.
Imagem: DivulgaçãoSeduc reforça compromisso com a educação antirracista.(Imagem:Divulgação)Seduc reforça compromisso com a educação antirracista.

Outro marco foi a criação do Selo de Educação Antirracista, um reconhecimento para escolas que desenvolvem práticas pedagógicas voltadas à valorização da cultura afro-brasileira, africana e indígena. Vinte e uma escolas da rede estadual receberam o selo, destacando-se por projetos que vão desde clubes de leitura até iniciativas culturais.

No CETI João Henrique de A. Sousa, em Teresina, os alunos foram premiados com o selo pelo projeto Literarte, que uniu literatura e arte em uma reflexão sobre identidade e desigualdade. O estudante Davi Tertuliano compartilha como a iniciativa impactou sua visão de mundo. “O projeto nos deu uma base sólida para entender problemas sociais por meio da literatura. Foi um momento de descoberta para mim, porque consegui me enxergar como um jovem negro e compreender melhor minha cultura e identidade.”
Imagem: DivulgaçãoSeduc reforça compromisso com a educação antirracista.(Imagem:Divulgação)

Em Castelo do Piauí, no Centro de Ensino de Tempo Integral (Ceti) Cônego Cardoso, o debate antirracista se faz presente nas disciplinas de História e Geografia, trazendo uma abordagem interativa sobre a cultura negra e seu impacto no patrimônio cultural brasileiro. “As aulas ajudam a enxergar a importância da nossa formação étnico-racial de forma mais profunda. Os debates trazem uma perspectiva diferente e enriquecem nosso aprendizado”, explica a estudante Emily Luiz.

Já a estudante Evelyn Micaelle destaca como as aulas lúdicas tornam o aprendizado ainda mais envolvente. “Estamos estudando o patrimônio cultural afro-brasileiro e indígena de um jeito muito interessante. As apresentações tornam tudo mais visual e fácil de assimilar.”
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Além dessas iniciativas, a Seduc investiu na ampliação do acervo das bibliotecas escolares, adquirindo livros didáticos focados em história e cultura afro-brasileira, indígena, quilombola e inclusiva.

Para o secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, esse é um passo essencial para transformar a escola em um ambiente verdadeiramente inclusivo. “Construir uma escola antirracista é um trabalho coletivo. Nosso objetivo é garantir que cada jovem se veja representado na história que ensinamos e tenha orgulho de suas origens.”

Seminários e capacitações como ferramentas de transformação

A Seduc, em parceria com os Institutos Motriz e Unibanco, promoveu o Seminário de Educação para Relações Étnico-Raciais, reunindo educadores, pesquisadores e lideranças comunitárias. O evento ampliou o diálogo sobre práticas pedagógicas inclusivas e fortaleceu a rede de apoio às escolas para que elas se comprometam cada vez mais com a equidade.

Outro destaque foi a Caravana Educar para Respeitar, que percorreu diversas regionais do estado para capacitar gestores e equipes pedagógicas na implementação das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. Essas legislações tornaram obrigatório o Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e indígena na Educação Básica.
Imagem: DivulgaçãoSeduc reforça compromisso com a educação antirracista.(Imagem:Divulgação)Seduc reforça compromisso com a educação antirracista.

Para garantir que o Ensino da Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena esteja cada vez mais presente no currículo escolar, a Seduc lançou um edital de especialização em Literaturas, Histórias e Culturas Afro-brasileiras, Africanas e Indígenas, em parceria com a Universidade Estadual do Piauí (Uespi).

Com 50 vagas destinadas a educadores e pesquisadores, a formação busca aprofundar conhecimentos e preparar profissionais para oferecer uma visão mais crítica e antirracista da história.
Imagem: Divulgação Secretário Washington Bandeira(Imagem:Divulgação) Secretário Washington Bandeira

O secretário Washington Bandeira reforça que essas ações não são passageiras, mas parte de um compromisso permanente. “A Educação Antirracista precisa ser um pilar contínuo da rede estadual. Com seminários, formações continuadas e materiais especializados, estamos garantindo que esse compromisso se fortaleça cada vez mais.”

Por meio de investimentos em formação, materiais pedagógicos e incentivo à pesquisa, a Seduc segue promovendo ações concretas para garantir uma educação que valoriza a diversidade e fortalece a identidade de cada estudante.