Apec vira e complica Tabajaras no Piauiense
12/11/2014 16h38Fonte Globoesporte.com
O goleiro vive de extremos. Responsável justamente por evitar o gol, momento maior dos esportes com a bola no pé, esse personagem geralmente vive o dilema em que se não passar despercebido no jogo, ou é herói ou é vilão.
As atenções mudam de um para outro em questão de minutos. Na noite desta terça, na quadra da APCEF, Gilson salvou a pele da Apec e garantiu a vitória por 3 a 1, enquanto o experiente Zenon falhou e viu as chances de classificação do Tabajaras irem praticamente por água abaixo.
A história da partida foi resumida em um lance logo aos dois minutos: em jogada ensaiada de escanteio, Mororó apareceu de surpresa no meio da área e cabeceou forte. Seria o primeiro gol do Tabajaras, se Gilson não estivesse ali para fazer a primeira de muitas defesas que ainda estavam por vir. Em menos de cinco minutos, ele já tinha feito três defesas difíceis contra um adversário que parecia dominar o jogo.
Mas o time da Apec não estava morto. Resistindo a pressão do Tabajaras, a equipe abusava das ligações diretas e contra ataques rápidos. Neném era o principal nome na frente, mas suas tentativas esbarravam em Zenon, que também fazia bom trabalho protegendo as redes do outro lado.
De tanto insistir, o Tabajaras conseguiu vencer Gilson. Primeiro Fernandinho acertou o travessão em chute forte aos 17 minutos. Logo depois, finalmente a rede balançou. Deda recebeu pelo lado direito e chutou cruzado, e desta vez o goleiro da Apec não conseguiu evitar o pior. 1 a 0 e o Apec ia para o intervalo em desvantagem.
O segundo tempo começou dando a impressão de que um massacre do Tabajaras estava por vir. Talvez viesse, se Gilson não estivesse lá para evitar. Aos dois minutos, uma sequência de quatro defesas difíceis em chutes de Igor Mororó, Fernandinho e Hélio Neguinho. No contra-ataque, a Apec assustou, mas Zenon também fez o seu papel. Aos seis minutos, Neném foi parado também pelo travessão. Parecia que a noite seria boa só para os goleiros.
Mas não foi bem assim. Enquanto Gilson mantinha a boa atuação e salvava o Apec do outro lado, Zenon, que mesmo sendo menos acionado vinha bem até então, começou a viver o seu inferno astral em três minutos. Aos 13, Douglas acerta forte chute cruzado da esquerda e empata. Aos 14, um chute frontal de Francisco Igor, não muito forte, levou o time à virada. E aos 15, Douglas fez mais um, desta vez com a bola passando por baixo das pernas do experiente goleiro do Tabajaras.
Nos minutos finais do segundo tempo, o técnico Hélio Queiroz ainda colocou Mororó para jogar como goleiro-linha, em uma tentativa de pressionar e arrancar ao menos um empate, mas não deu. A partida terminou mesmo em 3 a 1, o Apec chegou a cinco pontos e lidera o Grupo F, com a classificação bem encaminhada. Já o Tabajaras ficou em segundo, com quatro, mas não joga mais e precisa de uma combinação de resultados para conseguir a vaga nas semifinais.
Fim de jogo e as cenas em cada lado da quadra retratam o que foi um jogo. De um lado o grupo da Apec se fechou em circulo em torno de Gilson, homenageando o homem que fechou o gol. Do outro, Zenon ouvia calado a conversa do técnico Hélio Queiroz, abatido como o resto do grupo, que tem poucos motivos para acreditar em classificação.
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