Artilheiro do Caic BalduÃno, Euzébio sonha em defender Seleção Brasileira
13/06/2013 13h24Fonte G1 PI
Metas são feitas para ser alcançadas. Nos planos de Euzébio da Silva antes da viagem para o Campeonato Brasileiro Cadete de Handebol, dois itens anotados: ser campeão e artilheiro. O primeiro bateu na trave após a derrota na final para o Pinheiros (SP), enquanto o segundo concluído com folga. O piauiense ficou com a artilharia ao marcar 44 gols no torneio, dez a mais que o segundo colocado.- Quando eu estava aqui em Teresina já estava com o pressentimento bom sobre minhas metas. Infelizmente, o título não veio, mas consegui essa artilharia – revela Euzébio.
E foi exatamente a possibilidade de fazer muitos gols em uma única partida que despertou o gosto do armador Euzébio pelo handebol. Antes disso, o lanche era o atrativo do menino para encarar a maratona de treinos.
- Eu comecei pelo lanche, mas na primeira vez que entrei na quadra já fiz seis gols. Isso chamou minha atenção, e fui me apaixonando pelo handebol – diverte-se o atleta ao lembrar do passado.
Propostas e sonhos
As artilharias em competições, a convocação para o acampamento da Seleção Brasileira e o estilo rápido com um grande poder de finalização chamaram a atenção de outros clubes do país. Um deles é o colégio Castro Alves, do Espírito Santo. O atual vice-campeão escolar procurou o atleta que disse não à proposta capixaba.
- Recebi a proposta do Colégio Castro Alves. Eles ofereceram uma vaga no time com o apoio estudantil, mas não teria sequência. Com 17 anos, encerra a vida escolar e eu não teria para onde ir. Então, eu prefiro ficar e, além disso, o professor Giuliano não liberou minha saída – confirma.
Proposta recusada, mas não uma possibilidade esquecida. Euzébio têm planos mais ousados, mas eles competem diretamente com os planos do piauiense Romário Dias. Recentemente convocado para a seleção juvenil, Romário participou da campanha do título Pan-Americano do Brasil.
- Eu vejo que o Romário como uma inspiração. Se ele está lá na seleção, por que eu não posso? Eu quero estar na seleção também e posso até competir com ele pela mesma vaga. Nós somos canhotos e da mesma posição – sugere.
Carteirada
Quem vai assistir a uma partida da equipe pode discordar que Euzébio seja o maior destaque pelos gritos que escuta vindo da quadra. Marcelo é o nome mais citado durante a partida: seja para comemorar, seja para corrigir o posicionamento, seja com os companheiros chamando. Mas para os mais desavisados, no dia a dia, Marcelo é o mesmo Euzébio Henrique da Silva.
- Quando eu nasci, minha mãe queria que eu me chamasse Marcelo. Meu pai decidiu que seria Euzébio e registrou. Mas, por teimosia, desde pequeno minha mãe me chama de Marcelo e, como as pessoas escutam ela falar, acabou ficando como um apelido – explica.
Imagem: Fernando Soutello/AGIF/COBEuzébio Henrique da Silva ou Marcelo: confusão em treinos e competição.
Por conta disso, é Marcelo quem aparece em casa, nos treinos e nas quadras.
- Até mesmo dentro da equipe, eles me chamam de Marcelo. Nas competições, os juízes sempre perguntam quem é esse Marcelo que todo mundo grita e não está na escalação. O professor sempre tem de explicar para que os outros não pensem que seja ‘gato’ – completa.
Durante a última competição, o Marcelo acabou esquecendo o uniforme azul que a equipe faria o segundo jogo no Brasileiro. Como a equipe havia perdido a primeira partida, ninguém queria ficar de fora e eles tiveram de mudar a cor do uniforme em cima da hora.
- Tivemos de jogar com o uniforme amarelo do primeiro jogo, mas um dos meninos tinha esquecido a camisa. Eu disse que, como ele esqueceu, iria ficar de fora porque eu queria jogar. No final, a camisa dele estava na bolsa de um dos meninos, todo mundo entrou na partida e conseguimos vencer – recorda.