Babado, gritaria e (muita) confusão: as polêmicas do esporte do PI em 2014

27/12/2014 12h15


Fonte G1 PI

Não só de conquistas vive o esporte. O brilho das modalidades foi ofuscado por confusões. A tão sonhada Vila Olímpica de Parnaíba, no litoral piauiense, não saiu do papel – ainda. O Estádio Albertão continuou objeto de disputa entre o Ministério Público Estadual, Fundespi e Federação de Futebol do Piauí. 2015 é logo ali, e o estádio será usado na Copa do Nordeste, apesar do relato dos atletas quanto às condições do local.

Em 2014, o River-PI aprendeu que oferecer mala branca é ilegal, não é permitido pelo Código Brasileiro de Justiça Desportiva Brasileiro. O Caiçara, que é preciso investir mais em infraestrutura no time para assegurar a integridade dos jogadores. O Flamengo-PI, que uma gestão é a base da organização de um clube de futebol.

Confira lista do Top 5 das confusões em 2014:

Imagem: TV ClubeClique para ampliarFosso do estádio Albertão(Imagem:TV Clube)Fosso do estádio Albertão

ALBERTÃO: MIJÕES E PROBLEMAS NA JUSTIÇA


Maior estádio de futebol do Piauí, o Albertão foi reaberto em maio para as finais do Campeonato Piauiense. A praça esportiva estava fechada há um ano por força de medida judicial, após o Ministério Público apontar falta de segurança no local. O período sem jogos, contudo, não foi suficiente para o Gigante da Redenção abrir dentro das condições. Pelo contrário, foi também uma liminar no Tribunal de Justiça que garantiu os portões abertos para a decisão do estadual entre River-PI x Piauí.

Apesar das adequações de acessibilidade, o MP questionou a ausência de um projeto contra incêndio e pânico. A Fundespi – órgão responsável pela administração – disse que o Albertão é seguro. O Corpo de Bombeiros se divide, uma equipe técnica pôs em dúvida os requisitos de segurança enquanto o comandante da corporação afirmou que o espaço está apto para uso. Na outra ponta, torcedores reclamam das condições higiênicas, e jogadores das condições do gramado e vestiários. Em 2014, teve até mijões.

Imagem: Wenner TitoClique para ampliarJosé Cardoso, vice-presidente do Flamengo-PI, deixa o 10º Distrito Policial de Teresina após denúncia de estelionato.(Imagem: Wenner Tito)José Cardoso, vice-presidente do Flamengo-PI, deixa o 10º Distrito Policial de Teresina após denúncia de estelionato.

SEDE DE R$ 9 MILHÕES E POLÍCIA: O FLA-PI EM 2014


Nos campos, o Flamengo-PI deixou de jogar no dia 04 de maio, mas o noticiário do clube foi além. Envolto em um caos administrativo, a Raposa teve a venda da sede questionada e os dirigentes foram parar na delegacia após uma denúncia de estelionato feita por uma ex-funcionária do clube.

Maria Lúcia Ferreira afirmou que foi enganada por dirigentes do Flamengo-PI, que teriam pedido para que ela passasse as contas de energia da sede administrativa para o seu próprio nome. Como as contas nunca foram pagas, o montante da dívida supera os R$ 10 mil reais. O caso é negado pelos dirigentes e está em investigação no 10º Distrito Policial.

A venda da sede de R$ 9 milhões também gerou dúvidas. Os sócios questionam a lisura do processo. Fora isso, um grupo de torcedores que fazem oposição a Jankel Costa pediram a saída do presidente devido a irregularidades na eleição. O TJD-PI arquivou o caso.

ESCRAVIDÃO NO CAIÇARA

Uma denúncia do então treinador do Caiçara, Péricles Veloso, sobre a falta de estrutura no Caiçara gerou problemas do clube com o Ministério do Trabalho. A situação dos jogadores da equipe de Campo Maior foi comparada pelo Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Piauí como “escravidão moderna”. No alojamento do clube, em Campo Maior, de acordo com a denúncia, não havia bola, jogadores dormiam no chão e não havia comida. Na hora do banho, os atletas usavam uma cuia. O presidente do clube, Francisco Ispo, negou. Em defesa, disse que Péricles não gostou de ser demitido do time.

MALA BRANCA: O RIVER-PINO STJD

Elizeu Aguiar, presidente do River-PI, foi absolvido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva após ter sido denunciado pela procuradoria do STJD por oferecer R$ 20 mil para o Interporto vencer o Moto Club na Série D do Campeonato Brasileiro. O dirigente falou do assunto ao GloboEsporte.com/PI, mas durante julgamento disse que “o publicado não era verdade”. Porém, uma gravação mostrou Elizeu propondo a mala branca - atitude fere dois artigos do Código de Justiça Desportiva Brasileiro - ao time de Tocantins. Os resultados não alteraram a tabela de classificação e, ao fim da fase de grupos, o Tricolor não conseguiu se classificar.

OBRA DA COPA NÃO FICA PRONTA NEM PARA 2016

Em 2014, as obras da Vila Olímpica de Parnaíba viraram sinônimo de desperdício de dinheiro público. É o que apontou um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscaliza o processo desde o ano de 2013. Com custo total de R$ 200 milhões, a construção era destinada para ser usada por alguma seleção durante os jogos da Copa do Mundo do Brasil, mas não ficará pronta nem mesmo para os Jogos Olímpicos Rio 2016. Foram gastos R$ 3,7 milhões e apenas 2% do previsto no projeto inicial foi concluído.

Imagem: TV ClubeConstrução da Vila Olímpica chega a 2% em dois anos de obras. (Imagem:TV Clube)Construção da Vila Olímpica chega a 2% em dois anos de obras.

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