Com chuva e apagão, River-PI atropela Flamengo-PI e encerra rodada no G-4

06/04/2014 20h44

Fonte G1 PI

Choveu. E não foi só São Pedro que "trabalhou" no final da tarde deste domingo. Para um público de 1.080 espectadores (apenas 895 pagantes - renda de R$ 8.820), o River-PI não tomou conhecimento do Flamengo-PI e goleou o maior rival, por 3 a 0, no Estádio Lindolfo Monteiro, em partida válida pela quarta rodada da Taça Cidade de Teresina, o segundo turno do Campeonato Piauiense. No Rivengo da agonia, a vitória colocou o Tricolor na zona de classificação, em terceiro lugar, para as semifinais e, consequentemente, aumentou a crise no rival rubro-negro, que não vence há três partidas.

Com o resultado maiúsculo, construído com gols do artilheiro Marciano, Igor e Marclei, o River-PI esboça uma recuperação no campeonato, agora com um novo técnico. Josué Teixeira montou um time ofensivo, que dominou o a Raposa durante a maior parte do jogo. Agora, o Galo encara o Cori-Sabbá, no próximo sábado, no Estádio Tibério Nunes, em Floriano. Já o Flamengo-PI tem difícil e decisivo jogo contra o líder Parnahyba, no domingo, às 16 horas, no Estádio Verdinho, no litoral.

Sob forte chuva, Marciano abre de pênalti

Com Marciano atuando um pouco recuado, mais próximo de Marabá e Esquerdinha, ficou enfiada no ataque a dupla Rhuann e Rodolfo. Assim, os meias tinham oportunidade de tabelar com Marciano, que articulou boas jogadas com os atacantes. Já a Raposa, começou mais cautelosa. Com três volantes, o Flamengo-PI conseguiu, no começo do jogo, emperrar as jogadas pelo meio do Galo, que tentava chegar com cinco jogadores na linha ofensiva.

Com o meio congestionado pelo excesso de volantes da equipe rubro-negra, o River-PI tentou algumas jogadas pelas laterais. Aos 20 minutos, em uma dessas jogadas, a bola foi levantada na área para a conclusão precisa de Marciano, que colocou a bola no canto esquerdo de Robson. A torcida riverina comemorava o gol quando os jogadores do Flamengo-PI chamaram atenção para a bandeira levantada do auxiliar. A Raposa escapou por pouco, mas o River-PI continuava chegando perigosamente, junto com a chuva, que começou a cair forte por volta dos 25 minutos da primeira etapa e levou embora a energia e a luz dos refletores do Lindolfo Monteiro.

Enquanto isso, o Flamengo-PI frustrava sua torcida com ataques pouco produtivos. O River-PI conseguiu encaixar bem a marcação, com a ajuda de Esquerdinha e Marabá no meio, e a bola chegava mascada no ataque flamenguista. Tuta e Roni não conseguiam segurar a bola na frente e Izael não tinha muitas chances de tabelar na frente. Mesmo com os refletores apagados no Lindolfo Monteiro, o árbitro não paralisou a partida porque ainda havia um pouco de luz natural.

Melhor para o River-PI, que marcou logo em seguida. Alex Santos avançou pela direita, penetrou na área e se chocou com Fabinho. O juiz apontou: pênalti para o River-PI! O artilheiro do campeonato, Marciano, cobrou no canto esquerdo, alto, deslocando Robson para abrir o placar.

O Flamengo-PI continuou sem conseguir levar muito perigo à meta riverina e o final do primeiro tempo teve algumas jogadas mais duras que renderam um cartão amarelo no finalzinho para Célio por falta em Marciano. O River-PI, com uma cara diferente, mais ofensivo, conseguiu dominar o jogo no primeiro tempo, mas só marcou um gol. Já o Flamengo-PI precisava de uma alternativa urgente para dar mais vazão às jogadas do ataque.

Virou goleada

Valter Maranhão voltou para a segunda etapa com um time mais ofensivo, como previsto, já que o resultado negativo não interessava. Com a entrada do meia Darlan para a saída do lateral direito Sandro, Izael ganhava um parceiro para articular as jogadas no meio de campo e municiar Tuta e Roni, que pouco receberam bolas na primeira etapa.

Do outro lado, Josué Teixeira resolveu recuar. O técnico estreante sacou o autor do gol, Marciano, e colocou mais um volante, Neto. E a Raposa assustou no comecinho em bola parada. Em cobrança de falta de Alex, a bola bateu na barreira e Everson teve que voltar e se esticar todo para ceder o escanteio. O Flamengo-PI conseguia, nesse começo, chegar com um pouco mais de força e obrigou o River-PI a parar duas jogadas com faltas que renderam cartões amarelos para Rodolfo e o zagueiro Gabriel.


Com menos chuva, o jogo tinha tudo para ganhar em qualidade, mas a partida ficou amarrada no meio de campo, sem que nenhuma das duas equipes conseguisse grandes oportunidades durante boa parte do segundo tempo. A entrada de Darlan não surtiu o efeito esperado para Maranhão e o jogador ficou muito caído pela direita, sem muita comunicação com Izael e com os atacantes, obrigando Roni a recuar algumas vezes para buscar jogadas.

Com o tempo passando, o River-PI tirou o pé do acelerador e, visivelmente, administrava a partida, mais recuado e apostando em falhas do apressado time do Flamengo-PI, que reclamava muito das demoradas quedas do goleiro tricolor. Everson, aliás, parecia querer retardar a partida. O jogo começou a ficar nervoso com o Flamengo-PI. Nessa altura, qualquer técnica já tinha ido embora junto com a chuva.

Nenhuma das duas equipes conseguiu mais articular jogadas trabalhadas e começaram a esboçar perigosas bolas alçadas nas áreas dos dois times, além dos contra-ataques. Com mais calma, o River-PI chegava mais perigosamente. Aos 32 minutos, Marclei fez linda finta pela lado esquerdo do ataque e tentou surpreender Robson. E para desespero dos jogadores do Flamengo-PI, em cobrança de escanteio, o zagueiro Igor aumentou o placar ao tocar por baixo.

Com a pressão de ter que inverter o resultado em pouco tempo, alguns jogadores do Flamengo-PI se envolveram em jogadas ríspidas. Numa dessas, o lateral Sinderval foi expulso e a Raposa ficou mais distante ainda de uma reação. Aos 43, o Galo deu o golpe final no Flamengo-PI. O River-PI chegou forte dentro da área da Raposa com três jogadores. Na penetração pelo lado direito, Marclei esperou a bola atravessar a meta de Robson para encostar para o gol. O River-PI ampliou a partida para 3 a 0 e queria mais. No finalzinho, quase marcou o quarto, de novo em contra-ataque, quando os jogadores do Flamengo-PI sentiram que já não dava mais.

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