Com salários atrasados, River-PI vive momentos de "inferno astral"
14/07/2015 10h58Fonte G1 PI
Imagem: Abdias Bideh/GloboEsporte.comClique para ampliarSem prazo certo, a diretoria confirma a busca por parceiros para acertar os salários dos atletas.
Sem ir muito bem das pernas na estreia da Série D, o River-PI ficou no empate com o Palmas em casa. Segundo o técnico Flávio Araújo, faltou competência técnica. As vaias da torcida no estádio Albertão talvez atestem isso, mas nos bastidores há também um pouco do desânimo pelos salários atrasados. No domingo, após a partida, os jogadores confirmaram que o pagamento está chegando ao terceiro mês de atraso, mas nem todos querem falar abertamente sobre o delicado assunto.
Quando as primeiras notícias sobre o atraso salarial no River-PI começaram a vazar, a diretoria do clube procurou não confirmar a notícia para não desviar o foco durante a preparação do time na Série D. Após o empate em 1 a 1 diante do Palmas, o assuntou voltou à tona na coletiva de imprensa. Flávio não escondeu, mas garantiu que o o atraso salarial não se reflete no baixo rendimento técnico da equipe.
- Todos nós queremos estar com os salários atualizados, mas o grupo do River-PI é muito profissional com relação a isso. Temos a dificuldade financeira, mas o clube está se empenhando. Coincidiu essa dificuldade com a má atuação – confirmou Flávio Araújo.
Chegando ao terceiro mês, segundo jogadores do elenco que não quiseram se identificar, a esperança de ter 10 mil torcedores no estádio Albertão também passava pela arrecadação das bilheterias.
A estimativa de público não chegou nem a metade do pretendido, segundo dados divulgados pela assessoria do clube piauiense. O público total alcançou a 4.224 pessoas com uma renda de R$47.930, o que paga os custos da partida, mas não resolve muito a situação salarial.
Imagem: Abdias BidehNaylson afirma desânimo pela atual situação, mas afirma que empate não foi consequência por atraso.
O goleiro Naylson também afirmou o atraso de salários e apesar de confirmar o momento, também utiliza o mesmo discurso do técnico Flávio Araújo.
- Bate um desânimo, mas a gente trabalha bem alegre, é o nosso pão e o leite que levamos para dentro de casa, mas depois que entramos em campo isso fica para trás. Fora de campo tem de rever as situações do clube para que isso não venha a atrapalhar mais na frente – declarou o Naylson.
O River-PI, através de sua assessoria de imprensa, comunicou que os problemas internos estão sendo resolvidos. A diretoria corre para atualizar os salários dos jogadores buscando parceiros para resolver a situação problemática na folha.
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