Cruz Nonata cobra dÃvida da Fundespi de 5 anos e critica: Falta de respeito
09/12/2015 09h29Fonte GEPI
Cruz Nonata é uma referência entre as fundidas dos país. Começou sua carreira aos 30 anos de idade e provou que nunca é tarde para se consolidar, à base de muito trabalho, entre os melhores. Nos dez anos de sua carreira profissional, metade deles passou esperando o prêmio de uma das tradicionais corridas que acontece no Piauí ser pago.A Fundação dos Esportes do Piauí (Fundespi) revitalizou a corrida e volta a organizar a competição que acontece no próximo domingo. Cruz Nonata, sabendo da realização do evento, cobrou a organização o pagamento do seu prêmio. Um débito de cinco anos.
Imagem: Arquivo PessoalSem receber sequer o convite para retornar a competição, Cruz Nonata cobra dívida de cinco anos.
Em 2010, a Volta da Cajuína era a competição de rua que atraia multidões no estado do Piauí. A premiação de cerca de R$8 mil e a vaga para os campeões na Corrida Internacional de São Silvestre foram os grandes atrativos daquele ano. Campeã da prova, Cruz Nonata ainda não viu a cor desse dinheiro cinco anos depois da realização da prova. A competição foi realizada em 2012 pela última vez e retorna em 2015 com a promessa de pagar também os antigos campeões. Treinando em Brasília, a fundista, medalhista de prata nos 5 e 10 mil metros dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, colocou a Fundespi contra a parede.
Imagem: AgênciaLuz / BM&FBovespaClique para ampliarCruz Nonata - pódio dos 10 mil metros - Troféu Brasil.
- Eu vi a divulgação que a competição vai retornar esse ano, mas eu sou a campeã de 2010 que nunca recebi a premiação. Comunicaram que o pagamento seria feito após o exame antidoping, mas o exame saiu há cinco anos e até agora só me enrolam. Como nunca pagaram a de 2010, acredito que tenha algo errado com a realização dessa nova prova. Sequer nos convidaram para participar da competição esse ano e nem pagaram o que nos devem – relatou.O desabafo da piauiense não parou. Saindo de lesão e após ter participado recentemente da Volta da Pampulha, ela ainda objetiva índices que possam levá-la até a disputa das Olimpíadas. Mas antes disso, a atleta está em busca de respeito.
- Não é justo a gente trabalhar o ano todo, lutar para melhorar e o estado da gente, nós nascemos no Piauí, saímos para melhorar, voltarmos para competir e no final nunca somos premiados e as outras pessoas ficam fazendo pouco. É uma falta de respeito com os atletas – desabafou.
Ao entrar em contato com a Fundespi, a assessoria do órgão afirmou que durante a semana que antecede a Volta da Cajuína os atletas que estão reclamando premiações atrasadas serão pagos. Ainda segundo a assessoria, a coordenação da Fundespi está ciente dos déficits e aguarda os atletas para regularizar essa situação.
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