Deficientes mostram superação em Maratona dos Cadeirantes de Teresina
16/08/2014 13h12Fonte G1 PI
Não é segredo que a prática de esportes traz benefícios para qualquer pessoa, que vão desde desenvolvimento muscular até melhora na qualidade de vida em geral, inclusive no relacionamento interpessoal. Mesmo deficientes físicos, com a locomoção prejudicada, podem desfrutar destes benefícios, como mostra a Maratona dos Deficientes físicos, evento que faz parte da comemoração do aniversário de Teresina neste sábado (16), realizada no bairro Planalto Uruguai.Imagem: Wenner TitoCadeirantes participando da tradicional Maratona do bairro Planalto Uruguai.
Em 2014 o evento está na sua oitava edição e reuniu 60 competidores, divididos nas modalidades paraplégicos (paralisia nos membros inferiores), tetraplégicos (paralisia nos membros inferiores e superiores) e paralisia infantil (que inclui crianças com os dois tipos de paralisia), todas divididas em baterias femininas e masculinas. Após as eliminatórias feitas no último final de semana, as finais foram disputadas todas no feriado do aniversário de Teresina.
Surgida da ideia de um cadeirante que queria promover algum evento de integração entre aqueles que compartilhavam das mesmas dificuldades no dia a dia. Prova disso é a adolescente Fabíola Machado, que este ano participa pela segunda vez da Maratona. Para ela, foi uma forma de socializar melhor.
- Eu queria me integrar com outros deficientes e foi o que eu consegui aqui, além de aprender a dominar melhor a minha cadeira – conta Fabíola.
A prática de atividade física com cadeiras de rodas não traz benefícios apenas de socialização, mas também no próprio corpo, como relata Ronaldo Pereira da Silva. Além de competir na Maratona, ele também faz parte da seleção de basquete do Ceir (Centro Integrado de Reabilitação). Paraplégico a pouco mais de dois anos, hoje ele tem autonomia para seguir sua rotina sem precisar de ajuda, e considera que isso se deve ao esporte.
- Fortalece a musculatura do braço e do tronco, te ajuda a dominar mais a cadeira. Hoje eu vou ao centro sozinho, pego transporte, subo calçada. O esporte me deu mais autonomia – avalia Ronaldo.
Para encerrar a maratona, já é tradicional a bateria dos não-cadeirantes. São parentes, amigos e até motoristas do transporte público destinado aos deficientes, que por alguns minutos sentem na pele o que os cadeirantes passam todo dia. Ao fim do percurso, de pouco mais de 100 metros, o cansaço é visível, e tem até quem não termine a prova.
- Você vê que dá para superar, mas é difícil. A gente passa a entender melhor a garra deles – finaliza Francisco Charles, que precisou de ajuda para concluir o percurso. Realmente, não é fácil.
Para ler mais notícias do FlorianoNews, clique em florianonews.com/noticias. Siga também o FlorianoNews no Twitter e no Facebook