Delegado ouve vítima no caso das contas do Fla-PI

31/10/2014 09h12


Fonte Globoesporte.com

O delegado responsável pelo 10º Distrito Policial de Teresina, José Erisvaldo, colheu na manhã desta quinta-feira o depoimento de Maria Lúcia Ferreira, ex-funcionária do Flamengo-PI que acusa dirigentes do clube de estelionato. Segundo o delegado, outras testemunhas serão ouvidas até esta sexta, e os três acusados no boletim de ocorrência devem ser convocados para esclarecimentos até a próxima semana.

A apresentação de Maria Lúcia foi solicitada para confirmar o depoimento que ela já havia prestado ao Ministério Público no mês de setembro. O órgão encaminhou a denúncia ao distrito policial do Bairro Bela Vista, Zona Sul de Teresina, que abriu o inquérito policial. Segundo o delegado titular, ela confirmou as informações que já tinha passado anteriormente.

- Ela compareceu como já era previsto para retificar um depoimento já prestado no Ministério Público, onde ela narra que era funcionária do clube Flamengo-PI e foi induzida pelo dirigente a ir até a Eletrobrás para colocar a conta de energia no seu nome. Ela diz que, com medo de perder o seu emprego, fez isso. Só que as contas começaram a vir e eles nunca pagaram, e o débito chegou a importância de R$ 15 mil – conta José Erisvaldo.

Outras testemunhas, indicadas por Maria Lúcia, serão ouvidas ainda na tarde desta quinta e durante a sexta-feira. Na semana seguinte, devem ser convocados o presidente do Flamengo-PI, Jankel Costa, e outros dois acusados, que o delegado preferiu manter os nomes em sigilo.

- Tão logo eu termine de ouvir as testemunhas eu chamo tanto ele quanto os outros dois envolvidos, acredito que até a metade da outra semana. Enviarei um ofício às repartições onde eles trabalham e acredito que vão se apresentar aqui – afirma.

Maria Lúcia também repassou ao delegado alguns documentos relativos ao caso, como as contas de luz e o parcelamento feito em seu nome. Após a conclusão do inquérito, a delegacia vai relatar o caso à Justiça, que iniciará o processo judicial. Para o delegado, o melhor é chegar a um acordo.

- Ela está querendo que resolvam o problema com a Eletrobrás e que tirem o nome dela do serviço de proteção ao crédito. Ela diz que está desempregada, está querendo comprar e não pode, e vive enfrentando uma dificuldade enorme por causa disso – finaliza.