Festa na arquibancada: torcedores contam a emoção de tÃtulo piauiense
26/05/2014 12h25Fonte G1 PI
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Há sete anos o River-PI não ganhava nenhum título, mas nesse período de provação nunca foi abandonado pela sua torcida. Dos mais antigos aos mais novos, os torcedores sofriam com as provocações adversárias e sentiam saudades de glórias antigas, mas esperavam também pelo renascimento. Agora, com o título de campeão piauiense de 2014 quebrando o jejum, os milhares de riverinos presentes no Estádio Albertão puderam soltar finalmente o grito que estava entalado na garganta todo este tempo: É CAMPEÃO.
Durante todo o campeonato, o River-PI foi o time que teve a melhor média de público nos estádios, repetindo o que já era visto em anos anteriores. Nas duas partidas da final do Estadual, a maioria visível dos cerca de 20 mil torcedores no Albertão eram riverinos. A cada lance de perigo do time no ataque, pescoços iam levantando para poder ver melhor. E se era o Piauí que chegava, um mar de mãos eram levadas a cabeça, e era possível ouvir em uníssono o suspiro profundo e aliviado quando o perigo passava.
Imagem: Wenner TitoClique para ampliarCarlos Alberto pode finalmente comemorar um título do time do coração.
Apreensivo na arquibancada estava Carlos Alberto. O jovem de apenas 18 anos trouxe a namorada para acompanhar ao lado dele a decisão que poderia dar mais uma taça para o Galo. Riverino desde criança, ele conta que sofreu muito com o período de jejum da equipe, mas que agora é só felicidade pelo título.
- Foram muitos anos ruins, às vezes com estádios vazios, algumas derrotas... foi uma vida complicada. Ser campeão agora é espetacular, pois estamos garantidos na Copa do Nordeste, na Série D, vamos para a Copa do Brasil. Eu não tenho nem palavras – conta ele.
Herança de Família
Imagem: Wenner TitoClique para ampliarGenilton Lima e o sobrinho Fabrício: torcer para o River-PI é herança de família.
Com apenas 12 anos, Fabrício da Silva estava nas arquibancadas, pulando e comemorando o título do Galo. A sua paixão já vem de família, que conta com algumas gerações de riverinos leais, do tipo que vai ao estádio e apoia o time, mesmo quando os títulos não vem. Com ele estava o tio Genilton Lima, que também foi influenciado pelos mais velhos.
- Desde criança fui influenciado pelo meu pai e pelo tio. É uma alegria imensa esse título, para mostrar novamente que nós temos condição de levar nosso time até para uma Série B de futebol brasileiro. E está aqui meu sobrinho, que é riverino fanático também - diz, apontando para Fabrício.
- Todo domingo a gente vem para o jogo, vem dar uma força, e eles me influenciaram desde pequeno – confirma o garoto.
Unidos do Tricolor
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Próximo à grade de proteção, nas primeiras fileiras da arquibancada, cerca de seis riverinos faziam barulho por centenas. Formando uma bateria, o grupo animava a torcida fora de campo e os jogadores dentro dele. No comando dos músicos-torcedores estava Edén Rubens, auxiliar administrativo de 38 anos que leva os instrumentos de uma escola de samba para dentro do estádio. Ele garante: a torcida joga junto.
- Nós somos o décimo segundo jogador, a gente leva energia para dentro do estádio. A torcida influi muito no resultado do jogo, pois se a torcida é quente, é eufórica, o time também é – afirma.
A bateria que acompanha o time há mais de meia década pode finalmente tocar na comemoração de um título. Para Éden, palavras não transmitem o sentimento do momento, e ele apenas faz coro aos outros milhares de tricolores.
- É inexplicável. Agora a gente pode gritar: GALO É CAMPEÃO.
Imagem: Abdias Bideh/GloboEsporte.comTorcedores comemoram título do Piauiense 2014 nas arquibancadas.
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