Goleiro ex-Fla revela dÃvida de R$ 16 mil e detona dirigentes: "Estúpidos"
19/06/2016 09h17Fonte Globoesporte.com
O ex-goleiro do Flamengo-PI, Paulo Sérgio, fez uma postagem em sua página oficial em uma rede social reclamando de descaso que teria recebido do clube durante a sua passagem por Teresina. O jogador, que já falou sobre o assunto para a imprensa em outras ocasiões, diz que passou mais de um mês sem receber os salários devidos e alimentando-se mal. Além disso, ele faz duras críticas ao presidente do clube, Tiago Vasconcelos, e ao diretor de futebol, Márcio Ferreira. Ambos foram procurados, mas não atenderam as ligações da reportagem.Paulo estava morando em um apartamento na capital piauiense, cujo aluguel deveria ser pago pelo Flamengo-PI, mas o pagamento está atrasado em três meses. Neste sábado, o goleiro publicou uma foto em sua página oficial, com uma passagem de avião e R$ 500 que recebeu das mãos do diretor de futebol do Fla-PI, Márcio Ferreira, na noite anterior. Paulo alega que o clube lhe deve, em salários atrasados, R$16 mil, e que foi tratado com total descaso.
- Agora, escrevo já sentado numa poltrona do avião que me conduzirá de volta ao seio familiar. Foram 45 dias sem se alimentar direito, por conta de estúpidos que sequer podem ser chamados de homens, na acepção da palavra – escreveu o atleta em sua página.
As críticas aos dois principais dirigentes do Rubro-Negro piauiense continuam. Paulo diz que o diretor Márcio Ferreira o procurou bêbado para entregar o dinheiro e a passagem de volta para casa, jogando as notas amassadas “como se fossem esmolas”.
Quanto ao presidente do clube, o goleiro diz que se sentiu “esquecido” pelo dirigente.
- O presidente, que é político, quer se reeleger e esqueceu dos atletas que contratou. Foram mais de cinco semanas escutando “amanhã a gente resolve” e nada acontecia... Isso é o que acontece em locais que a safadeza, a politicagem, o descaso não é punido – cita em outros trechos da postagem.
O Globoesporte.com tentou contato com os dois dirigentes citados na publicação de Paulo Sérgio, mas ambos não foram encontrados.
Confira abaixo o texto escrito pelo jogador.
"Desde que cheguei em Teresina, não faltei um treinamento, uma atividade, abdiquei de muitas coisas, mas essa escravidão de trabalhar sem receber é insustentável. Um absurdo. O presidente, que é político, quer se reeleger e esqueceu dos atletas que contratou. Foram mais de cinco semanas escutando “amanhã a gente resolve” e nada acontecia. Agora, escrevo já sentado numa poltrona do avião que me conduzirá de volta ao seio familiar. Foram 45 dias sem se alimentar direito, por conta de estúpidos que sequer podem ser chamados de homens, na acepção da palavra. Só que não foi resolvido praticamente nada. Eu recebi a passagem para viajar de volta eram 22h. Quem me entregou foi o ‘gerente de futebol’, que chegou até o local onde eu estava morando bêbado e jogou o papel impresso com o localizador mais esses R$ 500,00 da foto, amassados, como se fosse esmola. O Flamengo-PI me deve R$ 16 mil. Joguei de graça praticamente. Eu recebi apenas dois salários e ambos com atraso. Depois não vi mais a cor do dinheiro. Isso é o que acontece em locais que a safadeza, a politicagem, o descaso não é punido. Uma vergonha vivenciarmos isso. Fui chamado para um projeto, que envolvia objetivos de diversas pessoas, com a imagem do então técnico Athirson, porém, a frustração é enorme. Perdi seis meses da minha vida. Perdi meio ano não só na carreira, mas na convivência com meus filhos, minha esposa, minha família. Quem paga essa conta? Ainda quiseram reclamar que eu expus isso na mídia. Mas a mim não calarão. Tentaram me humilhar, peço desculpas ao torcedor do clube, que muitas vezes não sabe nada do que acontece nos bastidores, me cumprimentava na cidade quando me via e tudo mais, mas o mínimo que deveria acontecer era fecharem as portas e abandonarem o futebol estes sem-vergonhas que estão afundando a entidade, com desculpas de palanque eleitoral. Triste. Vou embora de cabeça erguida, mas com a indignação que não cabe neste texto, porque este desabafo ainda é pouco."
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