Lauro Wilson Pai e Filho: dedicação à natação cultivada no quintal de casa

11/08/2013 10h37


Fonte G1 PI

Pelo ditado popular, quando queremos dizer que um filho puxou ao pai em um jeito ou profissão logo escutamos um “filho de peixe, peixinho é”. No caso de Lauro Wilson e Lauro Wilson Filho, o ditado se encaixa mais que como somente uma expressão. Pai e filho trabalham juntos nas piscinas com um único desejo: a de que Filho conquiste uma vaga nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

Lauro Wilson começou a trilhar a carreira de atleta nas piscinas, mas não decolou. Então, optou pela sala de aula, onde se formou em Educação Física. A ideia era dar mais suporte aos futuros atletas, mas nem de longe imaginava que também serviria para treinar seu filho mais velho: Lauro Wilson Filho, o Laurinho.

Imagem: Emanuele Madeira/GLOBOESPORTE.COMLauro Wilson e Lauro Filho treinam juntos diariamente.(Imagem:Emanuele Madeira/GLOBOESPORTE.COM)Lauro Wilson e Lauro Filho treinam juntos diariamente.

A afinidade de Laurinho veio ainda cedo. Ou melhor, estava no DNA. Das primeiras braçadas ao primeiro torneio, o pai esteve ao lado, lapidando e dando apoio.

- Nós tínhamos um tanque, uma piscininha, em casa. Desde os seis meses de idade, ele já brincava, mas só iniciou nas competições ainda aos sete anos de idade – disse Lauro Wilson.

A relação entre pai e filho, no entanto, nem sempre foi as mil maravilhas. O pai diz que, aos 12 anos, Laurinho não queria mais competir. O jeito foi o pai e técnico ceder. Sem competir sim, mas o atleta continuou na natação para manter a forma.

- Ele teve esse tempo afastado, mas depois resolveu retornar aos torneios por conta própria. De lá pra cá, a gente vem fazendo um bom trabalho. Há uns dois anos, eu já vejo o Laurinho com boas chances de chegar a disputar uma Olimpíada – analisa.

Pai presente, apesar da distância

Na beira da piscina, medição de tempo e ajustes de gestos. A atenção em casa é também transferida para as raias. Os ensinamentos do pai, aliás, estão na lembrando do filho, mesmo quando a distância os separou. Por alguns anos, Laurinho morou no Rio de Janeiro, onde defendeu Flamengo e Fluminense.

- Nossa relação sempre foi muito tranquila. Temos brigas de vez em quando, mas isso é natural. No tempo em que estive longe, tive técnicos e treinamentos muito diferentes e sentia falta da forma técnica como ele faz os treinos – conta Laurinho.

Longe de casa, os treinos comandados pelo pai fizeram falta assim como o contato com a família. Sem conseguir melhorar os tempos em um determinado período, os conselhos do pai fizeram ainda mais falta.

- Não ter a família por perto é ruim, mas os conselhos dele realmente fizeram bastante falta. Na verdade, se eu tivesse seguido os conselhos dele, teria sido muito melhor, mas a gente ganha experiência – finaliza Lauro Filho.

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