Nos seus 162 anos, Teresina caminha para fazer das ruas centros de esporte

15/08/2014 11h36

Fonte G1 PI

Teresina, assim como algumas cidades pequenas, possuem três pessoas: você, mais alguém e um conhecido em comum. E mesmo chegando aos 162 anos com seus 836.475 mil habitantes, a cidade vive dias de congestionamento nos corredores das principais avenidas da cidade.

A corrida de rua e a caminhada são as mais novas atividades que, literalmente, estão movimentando a cidade. As avenidas se tornaram grandes pontos de encontro ao final de cada tarde. O apoio é tudo, e vale tudo para não desistir da atividade. Podemos encontrar aqueles que preferem caminhar em grupos. Virou também atividade de casal. E ainda tem aqueles que formam par com os fones de ouvido, além dos que preferem caminhar sozinhos em meio à multidão.

A equipe do GloboEsporte.com percorreu os principais avenidas da cidade que funcionam como verdadeiras pistas para a atividade e fez registros dos personagens que compartilham duas coisas: o amor ao esporte e a paixão pela capital.

Avenida Joaquim Nelson

Todos os dias, centenas de pessoas recorrem ao canteiro central da Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu, um dos mais populosos de Teresina, para colocar em prática o "Projeto Verão". A partir das 16 horas, o canteiro entre as duas pistas que possui um tráfego pesado começa a ficar movimentado e a irreverência é um traço marcante no estilo e na simpatia.

Por ali, a caminhada mesmo solitária vem acompanhada de um sorriso. Nem a vista dos carros, de uma paisagem altamente urbana diminui a sensação de estar ao ar livre. Quem tem sua rotina de caminhadas por lá não troca o calor do canteiro da avenida pela climatização das academias.

- Já caminho aqui há seis meses. Esse local aqui é bom porque é aberto, é gostoso fazer caminhada ao ar livre, não existem muitos riscos mesmo tendo trechos abertos para os carros. Eu não trocaria minha caminhada aqui por uma academia – diz Alessio Melo.

Avenida Raul Lopes

Na hora de aliar o começo da dieta com uma atividade física, é quase certo que se você for teresinense, ou se estiver de passagem pela cidade, deve optar por uma caminhada leve nos dois quilômetros do "calçadão" da Avenida Raul Lopes. Integrado a um dos cartões postais da cidade, a Ponte Estaiada João Isidoro França, o local é um dos mais frequentados.

Entre as idas e vindas, são mais de uma década dedicados a receber os competidores, atletas de fim de semana, personalidades e anônimos. Caso da Dona Solange, que mora na Zona Sul, mas se desloca para a avenida localizada na Zona Leste para fazer sua tradicional caminhada. São 15 anos nessa rotina, desde que a avenida foi inaugurada.

- Nós estamos procurando atividades saudáveis, o contato com a natureza. Desde o início da avenida eu faço minhas caminhadas aqui e já vi a estrutura melhorar bastante. Aqui é um ponto turístico e uma excelente alternativa para todos aqueles que enjoam da academia – aconselha Dona Solange, de 51 anos.

Avenida Marechal Castelo Branco

Teresina também é conhecida como a "Mesopotâmia Brasileira", justamente por ficar situada entre o Rio Parnaíba, que delimita o limite entre Piauí e Maranhão, e o Rio Poti, que separa os dois locais mais procurados para as caminhadas na capital piauiense: se de um lado, temos a Avenida Raul Lopes, na outra margem do rio está a Avenida Marechal Castelo Branco.

Ela foi um dos primeiros locais destinados para a prática da caminhada e entre as suas peculiaridades estão desde o comércio de flores até o tradicional abacaxi com sal e limão para refrescar após a atividade física. Parceria certa na caminhada, Maria Barbosa e Creuza Esmeralda, são "a tampa e a panela", um dito popular de Teresina, que simboliza uma parceria perfeita. São quatro quilômetros diários de caminhada pelo local que possui uma estação de arvorismo e pontos de peregrinação de fieis, que não foge da característica da capital mais católica do Brasil.

- Estamos todos os dias aqui com a intenção de ter uma vida melhor, só lamento não poder ficar até mais tarde na academia – comenta Maria Barbosa.

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