Preso em 2013, treinador tem nova chance no futebol: "Cabeça erguida"
24/12/2014 18h02Fonte Globoesporte.com
A Copa Piauí de Futebol Feminino resgatou Elivaldo Morais. O treinador, ex-tenente da PM, – que há 25 anos trabalha com a modalidade – foi preso em dezembro do ano passado suspeito de mediar a venda de gabaritos para os candidatos do concurso da Polícia Militar. A prisão aconteceu justamente na melhor fase do então técnico no comando do Tiradentes-PI, que terminou na sétima colocação do Brasileirão da época com o melhor ataque da competição. Um ano depois, expulso do time após ter o nome envolvido nas manchetes policiais, Elivaldo voltou a comandar um time de futebol. Oportunidade nova nos gramados. Desta vez com o Flamengo-PI.Elivaldo pouco toca no assunto da prisão. Durante os primeiros jogos da Copa Piauí, o treinador nem dava entrevista, apenas comentava o desempenho do time rubro-negro. Até que a classificação da Raposa à final do torneio fez surgir um desabafo.
- Estou há 25 anos à frente do futebol feminino no estado. Grande parte desse tempo, 24 anos e meio, no Tiradentes-PI. Os outros seis meses, no Flamengo-PI, agora tentando uma nova chance porque me demitiram de lá. Porém, estou aqui de cabeça erguida... São coisas que acontecem na vida. Esperamos nos recuperar de tudo e todos. Bola para frente – conta o treinador.
Imagem: Josiel MartinsElivaldo Morais recomeça carreira de treinador após ser preso
Elivaldo transformou o Flamengo-PI em time competitivo no futebol feminino. Em 2013, o Rubro-Negro piauiense conseguiu a proeza de tomar 52 gols em seis partidas – nesta conta, um 18 a 0. Neste ano, o time foi até a final, mas perdeu na decisão para as Abelhas Rainhas. Para quem já ganhou e perdeu; um vice que se transformou no seu maior título: o recomeço.
- Nossa campanha foi coroada. As meninas são lutadoras, sempre temos que parabenizá-las. Quero agradecer pela importância do futebol feminino não morrer. O trabalho vai continuar.
Entenda o caso
Elivaldo Morais foi acusado de mediar, por até R$ 10 mil, a venda de gabaritos para os candidatos do concurso da Polícia Militar. Segundo as investigações, após receber o gabarito de uma candidata contratada para realizar a prova, Elivaldo faria a transmissão dos gabaritos através de um aparelho celular para candidatos que pagaram a fraude.
O advogado de Elivaldo Morais, Esthéfano Morais, afirmou que a prisão aconteceu por conta de um desafeto no Tiradentes-PI, time vinculada à Polícia Militar do Piauí. Esthéfano esclareceu que o treinador não vendeu gabaritos da prova.
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