Punido, dirigente do 4 de Julho faz críticas à FFP e à diretoria Colorada

01/12/2014 13h53


Fonte G1 PI

Após tomar conhecimento da punição imposta ao 4 de Julho por desistir da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o diretor de base do clube, Brito Júnior, fez diversas críticas à Federação de Futebol do Piauí e à política interna do Colorado. Segundo ele, a entidade maior do futebol piauiense não prestou a devida assistência e desavenças entre grupos de dirigentes do time de Piripiri dificultam o trabalho da base.

Imagem: Daniel CunhaEquipe do 4 de Julho ficou com o vice campeonato no Piauiense Sub-19.(Imagem:Daniel Cunha)Equipe do 4 de Julho ficou com o vice campeonato no Piauiense Sub-19.

Segundo portaria da FFP, o 4 de Julho foi punido por ter agido com postura “incorreta e deselegante” no caso da desistência, já que teria enviado o ofício da desistência diretamente à federação paulista, sem consultar o órgão piauiense. Isto fere o estatuto da federação e o regulamento da Copa São Paulo de Futebol Júnior, o que acarretou as punições de suspensão de dois anos de competições amadoras organizadas pela FFP e mais uma multa de R$ 20 mil.

Já Brito Júnior contesta a informação, dizendo que o clube encaminhou ofício também à FFP. O diretor da base conta que a decisão pela desistência foi tomada em reunião entre ele, o diretor Edilson Moreira e o presidente Antônio Rodrigues. Para Brito, faltou esclarecimentos por parte da federação sobre como o clube deveria agir neste caso.

- Não agimos de má fé em momento algum, enviamos o ofício para a federação sim. É uma situação que lamento muito. Eu não tenho conhecimento do estatuto da federação, e não sei como agimos errado se não tínhamos dinheiro para ir. Tenho plena convicção de que o presidente, assim como eu, não tinha conhecimento da possibilidade de ser punido, como a federação nunca nos avisou – diz Brito.

A decisão do 4 de Julho foi motivada por problemas financeiros. Para os dirigentes do clube, mesmo com o custeio da hospedagem e alimentação de 25 pessoas por parte da federação paulista, não haveria possibilidade do time participar. A soma de despesas como o translado até São Paulo, a manutenção dos atletas de outros estados, material esportivo e saúde, além de possíveis gastos imprevistos, não teria como ser cobertos com os R$ 60 mil oferecidos pela prefeitura de Piripiri.

- Tentamos cortar vários custos, procurar empresários de Piripiri, mas não deu certo. Seria irresponsável botar esses garotos em um ônibus, muitos deles menores, sem suporte financeiro para bancar uma emergência – afirma Brito Junior.

Brito Júnior afirma que irá encerrar as atividades da base do 4 de Julho, mas não sem fazer algumas críticas. Um dos alvos é a própria estrutura administrativa do clube. O diretor diz que existe um racha entre os que apoiam e os que são oposição ao prefeito de Piripiri, o que dificulta o trabalho em alguns momentos.

- Isso vai me dar um problema danado, porque a cidade vive em torno de questões políticas. A parte da diretoria que é de oposição não trabalha com a base, que é com o prefeito – diz ele.

A FFP também recebeu críticas. Para Brito, a atitude da entidade em punir o 4 de Julho é prejudicial não só ao clube, mas a toda base do futebol piauiense, apontada como um dos maiores problemas do futebol do estado.

- No simpósio (evento organizado pela FFP para discutir o futebol do estado, realizado há pouco mais de um mês) discutem que a base é o maior problema do futebol piauiense, e aí vai punir um dos poucos clubes que tem a base funcionando com dois anos de suspensão? Não sei como isso melhora – finaliza.

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