Representante capixaba na Série D 2015 pode receber mais de R$ 1 mi

17/07/2014 10h20

Fonte G1 PI

Atualmente na Série D do Campeonato Brasileiro, o futebol capixaba disputa em condições desiguais contra as principais equipes de outros estados que têm orçamentos até três vezes maior. Essa desigualdade, em partes, reflete nos resultados dos times locais, que nem sequer passam da primeira fase. Mas a partir de 2015, essa situação pode mudar. O clube que for representar o Espírito Santo na Quarta Divisão pode receber um investimento de mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos.

A Federação de Futebol (FES), por meio do vice-presidente eleito, Antônio Perovano, sugeriu aos deputados, em uma reunião que aconteceu na tarde desta terça-feira, na Assembleia Legislativa, que fossem feitas emendas para financiar os times que vão disputar a Série D e ainda a Copa do Brasil.


A proposta é que cada um dos 30 deputados estaduais destine R$ 50 mil, do seu orçamento anual, para serem distribuídos entre os times. Se todos os parlamentares aderirem, o futebol capixaba receberia a quantia de R$ 1,5 milhão, em 2015.

Se o campeão capixaba for disputar a Série D do ano que vem e a Copa do Brasil 2016, ele terá direito a R$ 1,320 milhão. O vice eleito Geraldo Perovano conta como seria o rateio do valor total e afirma que já tem apoio de quase metade da bancada.

- Viemos conversar com os parlamentares para viabilizar recursos para os clubes que participam de campeonatos estaduais e vão nos representar em competições nacionais. Já tivemos uma resposta positiva de 14 deputados para assinarem uma emenda no valor de R$ 50 mil cada, para 2015. 50% desse valor total será repassado para o campeão capixaba, que vai representar o estado na Série D, 25% (12,5% para cada) para os times que vão disputar a Copa do Brasil, 13% para o campeão da Série A, 7% para o campeão da Série B e 5% para ser repassado para a base dos clubes - esclareceu Perovano.

O dirigente ainda explicou que como grande parte dos clubes capixabas têm pendências com a justiça e com o fisco, esse repasse, caso venha a ser aprovado, teria que ser feito via federação.

- Tendo em vista que alguns clubes não têm a certidão negativa, os parlamentares sugeriram que essa emenda fosse feita via Federação de Futebol, onde o clube terá que fazer a prestação de contas desse repasse, justificando o uso total do investimento, apenas no futebol. Com isso, o clube que não prestar conta, no ano seguinte ficará fora de qualquer recurso buscado para ajudar o nosso futebol - alertou o vice-presidente eleito da FES.