River descarta Nordestão por R$ 1,5 milhão e recarga na bateria do desgastado elenco; ANÁLISE
23/02/2020 10h28Fonte Globoesporte.com
Terminou em derrota a experiência do Tricolor de usar os reservas (termo não usado pelo técnico Marcelo Vilar) na partida contra o Imperatriz, no Frei Epifânio, interior do Maranhão, pela quinta rodada da Copa do Nordeste. E o que custou?O placar de 1 a 0 foi a terceira derrota seguida no Nordestão, empurrou o River-PI lá para baixo e pôs o clube em situação delicada em termos de classificação às quartas de final. Se quiser avançar no regional, o Galo precisa de uma sequência vitoriosa sobre Ceará, Vitória e Santa Cruz. Para um time desgastado e escolhendo qual competição prioriza, difícil imaginar que a equipe some pontos suficientes.
Imagem: Victor Costa/RiverACImperatriz x River-PI
Embora tenha dito que não jogou a toalha na Copa do Nordeste, a cabeça do River-PI está na Copa do Brasil e, principalmente, no Campeonato Piauiense – a campanha no estadual é o epicentro das sensações tricolores. Está fraca, com 27% de aproveitamento, o que gera revolta e pressão.
Vilar decidiu sacrificar a Copa do Nordeste para um benefício maior. Na quarta, o time recebe o América-RN pela segunda fase da Copa do Brasil. Em 90 minutos, o time decide se ganha ou não R$ 1,5 milhão – valor da premiação em caso de classificação. Daí, a importância de preservar os titulares, que com os desgastes das viagens e o calendário de dois jogos por semana não conseguiam treinar no CT. O jogo do milhão, óbvio, pela grana envolvida é prioridade.
É válida a decisão de Vilar. O resultado – se ela foi acertada ou não – só vai dar para saber lá para as 23h de quarta-feira, dia 26. Evidente que a torcida não entendeu os reservas em campo contra o Imperatriz e invadiu as contas oficiais do clube nas redes sociais na dúvida “cadê meu time". O torcedor riverino tem desconfiado do rendimento do Tricolor. Em 11 jogos no ano, são seis derrotas (quatro delas na Era Vilar), dois empates e três vitórias. Rendimento de 33%. Muito pouco.
Imagem: Victor Costa/RiverACImperatriz x River-PI
Pena que a ideia de usar um time de “reservas” (alternativo, Time A e Time B, mesclado... usem como quiser) veio tarde no River-PI, justamente em um confronto que poderia dar ao time a possibilidade de se brigar por uma classificação no Nordestão. Não se explica o fato da comissão e diretoria perceberem lá no começo a necessidade de rodar o elenco, dar quilometragem em alguns jogadores até então deixados de canto. Vilar tomou uma atitude interessante, mas alvo de críticas pela fase ruim.
Do time que jogou contra o Imperatriz, é roça avaliar uma formação montada em menos de dois dias, que nunca foi testada. Nos 10 minutos onde procurava se definir, se entender, tomou o gol. Cruzamento livre do lado esquerdo da defesa tricolor (que tinha a volta de Mateus Miller), cabeçada fácil do adversário na área. Por esse setor, as principais ações ofensivas do Cavalo de Aço foram criadas. Com 1 a 0 contra, o emocional desmoronou e reconstrui-lo (no ambiente onde os resultados não tão vindo) se mostrou outra tarefa árdua.
Imagem: Victor Costa/RiverACImperatriz x River-PI
Sem Jean Natal, a camisa 10 ficou com Jayson Santos, que ganhou companhia de Matheus Lira na criação. Murilo e João Paulo no meio. Ataque com Valdo Bacabal (centralizado) e Cris Maranhense (na ponta), mexendo assim na configuração base de três homens na frente. Ronald ocupou mais uma vez a lateral direita. A zaga com Wagner Silva e Alex Augusto. No gol, Flávio Henrique, titular agora com a lesão de Mondragon.
Quando conseguiram se achar, o River-PI criou condições de pelo menos empatar. Muller acertou uma pancada no travessão. O lateral ainda teve outras duas chances. Valdo Bacabal errou ao tentar uma cabeçada. Santos ficou de frente para o gol, mas chutou fraco. Ronald também arriscou. O time se doou. Se jogassem juntos mais vezes, o resultado poderia ser diferente. O Imperatriz não era bicho de sete cabeças, não era um rival imbatível.
Imagem: Victor Costa/RiverACImperatriz x River-PI
Preocupações para a sequência: Mateus Lira e Alex Augusto (zagueiro que salvou dois gols) deixaram o campo se queixando de dores. O departamento médico fará avaliações ainda na dupla. O DM tem Mondragon e Eduardo e liberou há pouco tempo Bismarck e Wagner Silva. O bom da partida: a estreia de Desailly, lateral-direito. Tem condições de colocar Carlos Henrique no banco. E deu para Vilar conhecer outros nomes desse elenco que ele não tinha visto.
Com o Nordestão preterido, o River-PI volta a Teresina com as decisões do jogo do milhão no meio da semana e o Rivengo no próximo sábado. Espera-se um Galo melhor, com a bateria do elenco recarregada em 100% que possa energizar sua torcida.
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