Sarah é convocada, e técnico compara ciclos: "Mesma trajetória de Londres"
01/06/2016 13h50Fonte Globoesporte.com
A judoca Sarah Menezes recebeu, nesta quarta, a confirmação que será a representante do Brasil na categoria até 48kg nos Jogos do Rio, em agosto. Surge no horizonte de desafios da campeã olímpica a missão de disputar a terceira Olimpíada na carreira e a oportunidade de conquistar novamente o título mais importante do circuito.Um dos principais responsáveis por projetar a piauiense mundialmente, o técnico Expedito Falcão freou a euforia com a convocação oficial da Confederação Brasileira de Judô e manteve o foco na incessante busca pelo bicampeonato olímpico. A inevitável comparação de ciclos alimenta, por sinal, a esperança de pódio diante da torcida brasileira. Outro convocado, Felipe Kitadai será o ligeiro masculino.
- Bicampeonato eu não sei te falar. Judô não é uma ciência exata, mas ela tem grandes chances, principalmente agora. Do final do ano passado até o Masters, ela subiu em todos os pódios. É a mesma trajetória que Londres. Este ano ela começou a subir na hora certa. Tanto é que a mongol (Urantsetseg Munkhbat) que ganhou tudo desde 2013 acabou caindo. Com a Sarah foi o inverso. A tendência é que ela suba ao pódio – apostou o treinador.
Atual número 4 do ranking mundial da Federação Internacional de Judô, Sarah Menezes será uma das oito cabeças de chave dos Jogos. A medalha de prata conquistada no World Masters, semana passada, no México, garantiu o quinto pódio consecutivo este ano – aproveitamento máximo em todas as competições: ouro no Grand Prix de Havana, bronze no Grand Slam de Paris e Grand Prix de Samsun, além do ouro no Pan em Cuba.
Imagem: Wenner TitoSarah Menezes e o treinador Expedito Falcão.
O exercício de comparação feito por Expedito Falcão é fruto das boas lembranças do ciclo que antecedeu o ouro olímpico, diga-se. Na reta final antes dos Jogos de Londres, em 2012, Sarah Menezes medalhou no Masters do Cazaquistão (bronze), no Grand Slam de Paris (prata), no Pan de Montreal (prata) e no Grand Slam de Moscou (ouro), quatro importantes resultados que colocaram a brasileira na vice-liderança do ranking internacional à época.
- Em Londres, nosso objetivo era que ela fugisse da (Tomoko) Fukumi. Nesse também, teoricamente, a (Ami) Kondo vai ficar de um lado da chave e ela fica do outro. A categoria é muito difícil. Julia Figueroa é muito forte também, e toda japonesa é sempre forte. A Olimpíada vai ser nesse parâmetro do Masters. Ela deve pegar uma luta teoricamente mais fraca no início. Nas oitavas, engrossa e, a partir das quartas, não tem luta fácil. Eu vou sentar com a Rosi (Rosicleia Campos, técnica da seleção feminina) e o Ney Wilson (gestor de alto rendimento da CBJ) e ver as prováveis adversárias dela – adiantou o treinador.