Andrés afirma que Adriano 'não tem mais jeito' e revela blefe sobre estádio

25/01/2012 11h51


Fonte Globo.com

Imagem: Leandro Canônico / Globoesporte.comClique para ampliarAndrés Sanches é diretor de seleções da CBF.(Imagem:Leandro Canônico / Globoesporte.com)Andrés Sanches é diretor de seleções da CBF.

Hoje diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol, Andrés Sanches ainda não esqueceu completamente os tempos de como presidente do Corinthians. Em entrevista à revista GQ Brasil, o dirigente exalta Ronaldo como o ponto alto de sua gestão, mas diz que errou ao tentar repetir a estratégia com Adriano. Em um ano, viu o jogador fazer apenas um gol e não dar o retorno esperado.

- Assumo riscos, né? Quem traria o Ronaldo, por exemplo, que estava há quatro meses no Flamengo? Ele veio, todo mundo desceu o pau, mas tinham medo de criticar porque o cara se reergueu várias vezes. E ele resgatou a torcida. Tem um Corinthians antes e um depois do Ronaldo. Trouxe ainda o Adriano, aí nego meteu menos o pau. Mas hoje ele não tem mais jeito, investi, mas deu errado - comentou.

Ao comentar seu gosto pelo pôquer, o mandatário também revelou ter utilizado um artifício de jogador para recusar um projeto de estádio, em um período em que ainda não existia o plano de erguer uma arena em Itaquera.

- Um blefe meu foi quando teve um projeto de estádio e falei que não podia ser aquele porque existia um melhor. E não tinha nenhum outro, mas tive de convencer o Conselho a esperar. Esse foi o maior risco que corri. Ter um estádio na mão, não interessando se era caro ou barato, e negá-lo - disse Andrés na entrevista da edição deste mês.

Para Andrés, Ronaldo era o melhor nos campos e no pôquer, pois tinha sorte. Porém, ao ser questionado sobre os jogos de baralho na concentração, o ex-presidente fez questão de negar que os atletas jogassem enquanto estivessem reclusos.

- É dificil ter jogo de pôquer ou jogo de baralho, hoje em dia, nas concetrações. Hoje tem a Bíblia, tem os evangélicos, tem os católicos, tem os que jogam videogame. Mas essa história veio porque nós - um grupo de jogadores, amigos e pessoas que não eram nem do Corinthians - fazíamos uma reunião quinzenal na casa de um. A gente costumava pedir pizza e jogar pôquer a mil reais. Quem perdesse mais perdia mil reais.

Andrés concedeu a entrevista dois dias antes de deixar a presidência do clube, no escritório do Parque São Jorge.


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