Fred faz três, Flu nocauteia Figueira na etapa final e está na Libertadores

21/11/2011 00h16


Fonte Globo.com

Quatro golpes mortais no segundo tempo, três deles de Fred, foram o suficiente para garantir a goleada do Fluminense sobre o Figueirense, neste domingo, em Florianópolis, que, de quebra, coloca o clube carioca mais uma vez na disputa da Libertadores, antecipadamente, por conta de uma combinação de resultados. Irresistível, o atacante tricolor resolveu jogar e atordoou os defensores rivais, se aproximando da artilharia do Brasileirão, com 20 gols - três a menos que Borges, do Santos, que não deve mais jogar. Desabou com estilo, também, a invencibilidade de 14 jogos do time da casa.

Com os 4 a 0 no marcador, o Tricolor se mantém em terceiro lugar, com 62 pontos, ainda com remota chance de título. Já o Alvinegro caiu para quinto, com 57, mas o sonho de ir pela primeira vez à competição continental segue vivo. Na próxima rodada, o Figueira recebe o líder Corinthians, no domingo, enquanto os cariocas fazem o clássico contra o Vasco, no Engenhão.

Equilíbrio e gols perdidos

O atraso de quase dez minutos para o Fluminense entrar em campo já anunciava a tensão que envolvia o duelo desta noite. Com destinos em jogo no Orlando Scarpelli, o caminho mais comum seria uma disputa estudada no início, com as equipes evitando arriscar, certo? Errado. A velocidade e o ímpeto ofensivo de ambos marcaram a etapa. Como se alvinegros e tricolores pudessem conter o líder Corinthians correndo contra o tempo e mostrando cada vez mais vontade.

Imagem: Cristiano Andujar/PhotocameraFred comemora um dos gols contra o Figueirense.(Imagem:Cristiano Andujar/Photocamera)Fred comemora um dos gols contra o Figueirense.

Sem medo de ser feliz, a sensação Figueira, então sustentando sua longa invencibilidade, não mudou sua característica e partiu para cima, apoiado por mais de 15 mil pessoas. Logo aos seis minutos, um cartão de visitas: Aloísio se antecipou à defesa, após passe rasteiro de Bruno Vieira, mas não conseguiu se equilibrar para concluir, já cara a cara com Cavalieri. Na sequência, uma baixa fez Jorginho queimar uma substituição. O volante Túlio sentiu fisgada na coxa, e Jackson entrou.

Pouco a pouco, o Tricolor pôs a bola no chão e passou a incomodar o time da casa. A essa altura, com a informação de que uma vitória já lhe renderia uma vaga na Libertadores, em virtude dos tropeços de Botafogo e Flamengo, mais cedo. Dos 15 aos 25, na prática, só o Flu atacou com perigo. Marquinho e Carlinhos buscavam tabelas, mas Sobis e Fred não estavam na mesma sintonia - em quase todas as vezes, o último passe vinha nas costas.

A partir daí, o árbitro Heber Roberto Lopes contribuiu para que o jogo reduzisse o ritmo. Forçou a marcação de faltas, irritando, com alguma razão, o público, que protestou muito. Foi dessa circunstância, no entanto, que os comandados de Jorginho tiveram a maioria de suas melhores oportunidades. Pelo alto, Elias colocava na área e gerava pânico entre os zagueiros do Fluminense.

Na reta final do primeiro tempo, o jogo voltou a ficar lá e cá e muito bom de se ver. Nas costas de Carlinhos, o ótimo Bruno Vieira deitava e rolava. Já aos 43, Sobis perdeu um gol incrível. Em enfiada pelo meio, o camisa 23 ficou livre para escolher o canto, mas bateu muito fraco, e Wilson defendeu. Caso semelhante aos de Wellington Nem e Elias, que tentaram duas vezes dentro da área, mas o goleiro tricolor estava atento.

Uma estrela chamada Fred

Todo o equilíbrio, porém, foi por água abaixo na volta do intervalo. Fred resolveu acordar e, marcado de longe, simplesmente resolveu a partida. Aos três, um belo toque no canto esquerdo para abrir o placar. Depois, aos 11, cruzamento de Carlinhos da esquerda, o goleiro Wilson falhou, e o camisa 9 estava lá para conferir.

Do outro lado, não havia estrela de tal nível para brilhar. Por isso, o desespero tomou conta do Figueira, que acusou o golpe. Atacava desordenadamente e, ainda que tivesse muito mais posse de bola, não assustava Diego Cavalieri. Jorginho agiu, promovendo a entrada de Somália para atuar como pivô e referência para tantas bolas alçadas. Mas nada surtia efeito.

Os contragolpes cariocas eram mortais, e em um deles, aos 27, Fred, sempre ele, achou Deco, que colocou Marquinho em ótima condição para transformar o triunfo parcial em goleada. Festa da torcida tricolor. A galera do Figueira, entretanto, não arredava pé do estádio e, num gesto bonito, ainda aplaudia o esforço do time, reconhecendo a limitação em comparação aos adversários na briga pela Libertadores.

Abel Braga ainda mexeu para poupar seus jogadores e, até o fim, havia apenas toques laterais para o tempo passar, e o Flu poder carimbar sua vaga na Libertadores, improvável para muitos depois do primeiro turno irregular. No apagar das luzes, houve tempo para um quarto gol. Lindo passe de Lanzini e o golpe final desferido por... Fred, o nome da noite.

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Tópicos: fred, tempo, tricolor, figueira