Lula volta a cutucar seleção de Dunga e coloca pressão por título em 2014

09/07/2010 23h00


Fonte uol

No fim de um extenso dia de compromissos oficiais na África do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento de promoção internacional do turismo do Brasil, com enfoque na Copa de 2014. Como costuma fazer habitualmente, o chefe de Estado quebrou o protocolo ao improvisar o discurso, em que cutucou o desempenho da seleção no Mundial de 2010 e insinuou uma espécie de obrigação de título daqui a quatro anos.

Em trecho do discurso dirigido diretamente ao presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Ricardo Teixeira, Lula disse que “nós temos que ganhar essa, não é presidente?”.
Em seguida, Lula afirmou que norte-americanos e europeus já deviam viajar ao Brasil com a certeza de que o título da Copa já tinha dono. “Eles (estrangeiros) viajarão sabendo que a Copa já tem dono, não é presidente (Ricardo Teixeira)? Pelo menos isso, senão minha autoestima vai lá embaixo”, disse.

Durante um evento matutino nesta sexta na África do Sul, Lula havia sido mais enfático ainda, em uma brincadeira, ao dizer que “se o Brasil estiver na final em 2014, perdendo o jogo, o presidente tem que entrar em campo e paralisar a partida”.

Lula também pontuou seu discurso com dois momentos de críticas ao desempenho fracassado da seleção de Dunga no Mundial, quando falou do dia puxado em protocolos oficiais e no instante em que citou a organização da Copa das Confederações de 2013.

“Eu não ia fazer discurso esta noite, porque já fiz mais discurso hoje do que a seleção jogou aqui na África”, declarou o presidente na abertura de sua participação no evento do Ministério do Turismo e da Embratur em Johanesburgo.

“Em 2013 teremos a Copa das Confederações no Brasil. É aquela que a gente ganha sempre para enganar para o ano seguinte”, afirmou em um trecho mais adiante em seu discurso.

O presidente da República ainda afirmou em seu discurso que o Brasil tem a responsabilidade de organizar uma Copa para a América Latina, citando especificamente a provável invasão de vizinhos argentinos, uruguaios e paraguaios durante o evento em 2014.

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