Neymar diz que perdoaria Zúñiga: 'não sinto rancor ou ódio'

11/07/2014 08h39


Fonte Msn

Imagem: VipcommNeymar retornou à Granja Comary nesta quinta-feira.(Imagem:Vipcomm)Neymar retornou à Granja Comary nesta quinta-feira.

Neymar proporcionou nesta quinta-feira, em Teresópolis, o momento mais bonito dos quase 50 dias em que a seleção brasileira vai ficar reunido para a disputa da Copa do Mundo.

Escalado de surpresa para a entrevista coletiva no dia em que voltou à concentração, após quatro dias em casa se recuperando da fratura na vértebra que o tirou do Mundial, ele se emocionou e emocionou. Começando por não crucificar o jogador que abreviou sua participação no torneio que sempre sonhou jogar: o colombiano Zúñiga.

"Eu o perdoaria. Não sinto rancor, não sinto ódio. Me ligou, me pediu desculpas, que não queria me machucar, falou um bocado de coisas leagis. Não sinto ódio, desejo que tenha sucesso na carreria. Tudo de melhor para ele",
falou Neymar, mesmo depois de admitir que o lateral foi desleal na falta em que quebrou sua vértebra.

"Muitos falam que sou cai cai. Não ligo para isso. Mas quando estou de frente, tenho visão periférica, consigo me defender. De costas, não posso. A único coisa que me defende de costas é a regra", explicou o jogador, que foi às lagrimas ao falar do que passou pela sua cabeça depois de ir ao chão no gramado do Castelão.

"Deus me abençoou. Dois centímetros para dentro e eu poderia estar de cadeira de rodas. Num momento tão importante da minha carreira", falou o jogador do Barcelona.

Na entrevista, que durou mais de 30 minutos, o astro não fez como seus chefes, Luiz Felipe Scolari e Carlos Alberto Parreira, que exaltaram a performance da seleção apesar da queda nas semifinais com uma derrota de 7 a 1 para a Alemanha.

"Não mostramos futebol de seleção brasileira, demonstramos futebol regular. Futebol de seleção brasileira é superior, que encanta a todos", falou Neymar, que não disse textualmente que Felipão deve permanecer no cargo, mas defendendo a continuidade do trabalho.

"Nós brasileiros, principalmente a imprensa, tem uma mania pouco errada de quando se perde tem que mudar. Mudar jogadores, treinadores. Futebol não é assim, aprendi.Quando se perde tem que corrigir, trabalhando. É mais importante do que mudar alguma coisa."


Ainda mostrou generosidade com os amigos, independente da rivalidade entre brasileiros e argentinos. "Claro que você para para pensar. Um brasileiro torcendo para argentina. Estou torcendo para meus companheiros [Messi e Mascherano, no Barcelona. Messi era umjogador que tinha como espelho, como ídolo. Passei a admirar como pessoa. Vendo que nos treinos ele é mais especial. Sou Messi Futebol Clube. Torço por ele. Desejo toda sorte a ele e Mascherano. Dois grandes companheiros", disse sobre a final de domingo entre alemães e argentinos, no Maracanã.

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