Quase demitido em 2011, Tite vira 'imortal'

05/07/2012 13h11


Fonte Msn

Imagem: Agência Estado Reprodução/ESPN'Títulobilidade': quase demitido em 2011, Tite realiza o sonho corintiano e se imortaliza no 'bando de loucos'.(Imagem:Agência Estado  Reprodução/ESPN)'Títulobilidade': quase demitido em 2011, Tite realiza o sonho corintiano e se imortaliza no 'bando de loucos'.

O técnico Tite realizou o sonho corintiano, que nenhum outro treinador havia conseguido na história: o Timão é campeão da Libertadores. Se nem mesmo os títulos da Copa do Brasil de 2001, pelo Grêmio, e da Sul-Americana de 2008, pelo Inter, foram o bastante para colocá-lo no seleto grupo dos melhores do país, a conquista da Libertadores (somada à do último Brasileirão) elevou o comandante a outro patamar. E, "com a cara do Corinthians", Tite faz história no clube.

Contratado em 2004 para salvar o time do rebaixamento no Brasileiro, tirou o Corinthians da 18ª posição e terminou o Nacional em 5º lugar. Com a chegada da MSI ao clube no ano seguinte, entretanto, pediu demissão após uma derrota para o São Paulo ­ segundo ele, o investidor Kia Joorabchian havia tentado interferir na escalação da equipe. Em 2010, já com vários títulos no currículo, voltou ao clube convidado pelo então presidente Andrés Sanchez para "desfazer a injustiça da primeira passagem".

O grande sonho em sua contratação, ninguém escondia: o título da Libertadores, que escapou no centenário. E o que antes era obrigação, acabou se tornando decepção e quase derrubou Tite do comando. Contra o então desconhecido Tolima, na Pré-Libertadores, uma eliminação antes mesmo da fase de grupos nem passava pela cabeça dos corintianos. O empate sem gols no Pacaembu e a derrota por 2 a 0 na Colômbia gerou a fúria dos torcedores, que comparecem ao Centro de Treinamento para protestar ­ Tite foi um dos alvos.

"Cornetado" por armar a equipe sem meias, com três volantes e três atacantes no jogo decisivo, a demissão do treinador parecia questão de tempo. Mas o que poderia decretar o fim da segunda passagem de Tite pelo Timão, acabou se tornando o ponto da reviravolta para o título. Mais uma vez bancado por Andrés, Tite permaneceu e promoveu uma reformulação que se mostrou muito eficiente. Com um time unido e focado, nem mesmo a aposentadoria de Ronaldo e as diversas polêmicas de Adriano foram o bastante para desestabilizar o ambiente.Agência Estado

Com um time que se destaca pelo coletivo, sofre poucos gols e que se tornou muito difícil de ser batido, o Campeonato Brasileiro foi a competição ideal para preparar os jogadores que viriam a conquistar a Libertadores. De vitória em vitória, nas duas competições, Tite ­ e o Corinthians ­ superou obstáculos e terminou com o título. Alvo de brincadeiras pelas expressões inusitadas nas entrevistas, o treinador caiu nas graças da Fiel, e já pode ser considerado um dos ídolos alvinegros.

Sempre agitado no banco de reservas, o jeito contido e os discursos pensados foram deixados de lado após as partidas mais emocionantes. Nesta temporada, os palavrões ficaram mais comuns no linguajar do técnico - que foi mudado pela torcida alvinegra na mesma proporção em que mudou a história do clube. A imagem de Tite em meio à arquibancada do Pacaembu, após ser expulso contra o Vasco, dando instruções ao time dali mesmo, tornou o técnico mais um em meio aos corintianos. Imortalizou Tite frente aos fiéis: mais um para o bando de loucos.

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Tópicos: tite, libertadores, clube