Sem Fred, mas com vitória: Flu bate o Inter em noite de reencontros
04/08/2011 23h27Fonte Globo.com
Imagem: PhotocameraClique para ampliarJogadores do Fluminense comemoram o segundo gol da vitória sobre o Inter.
O Fluminense não teve Fred, que foi à delegacia em vez de ir para o estádio – incomodado com ameaças de torcedores que, segundo ele, tiraram sua condição psicológica para atuar. Mas teve gols de centroavante mesmo assim. Com Souza brincando de ser camisa 9 e Rafael Moura completando de pênalti, o Tricolor venceu o Inter por 2 a 0 na noite desta quinta-feira, no Engenhão, em jogo que marcou o reencontro do time gaúcho com três símbolos de sua história recente: o volante Edinho, o atacante Rafael Sobis e o técnico Abel Braga.
No final da partida, os autores dos gols do Flu dedicaram a vitória a Fred.
- Corremos por um companheiro que teve que sair da concentração para se proteger de algumas coisas. Dedicamos essa vitória ao Fred, que é fundamental para nós, um líder - disse Souza, que teve a declaração reforçada por Rafael Moura.
- O gol e a vitória são para o Fred - declarou o He-Man.
Os gaúchos foram superiores no primeiro tempo, mas perderam repetidas chances, especialmente com Tinga. O Flu voltou melhor do intervalo, fez o gol da vitória, suspirou de alívio ao ver Diego Cavalieri defender pênalti batido por D’Alessandro e ainda aumentou com Rafael Moura. O time da casa reclamou de dois outros lances duvidosos na área colorada. A arbitragem nada marcou.
O resultou fez o Fluminense, mesmo com um jogo a menos em relação à maioria, subir na tabela. O time de Abelão foi a 21 pontos, na sétima colocação. Ultrapassou justamente o Inter, agora o oitavo, com 19. Na próxima rodada, os cariocas visitam o América-MG no domingo. Os gaúchos, no mesmo dia, recebem o Cruzeiro.
A sorte do Fluminense é que Tinga não é Damião. Em um primeiro tempo de controle do Inter, o volante/meia teve um surto de centroavante e foi quem mais criou chances de gol. Primeira: apareceu bem pela direita, mas resolveu cruzar, em vez de chutar. Segunda: surgiu na área depois de cruzamento da esquerda, só que bateu fraco. Terceira: novamente na área, se atrapalhou com os zagueiros e não conseguiu concluir. Quarta: livre, pegou de primeira um cruzamento de D’Alessandro e forçou Diego Cavalieri a fazer boa defesa.
Tinga, Tinga e mais Tinga. Posse, posse e mais posse. E nada de gol. Contra um Fluminense pouco criativo e sem poder de marcação capaz de anular o oponente, o time gaúcho apresentou sua maior qualidade e seu maior defeito ao mesmo tempo: ter a bola sob seu domínio e não conseguir transformar isso em agressividade.
O Fluminense ficou a ver navios nos primeiros 20 minutos. E depois melhorou. Mas não foi um crescimento significativo a ponto de tomar o controle do jogo. Dos males, o menor: para quem corria o tempo todo para lugar nenhum, firmar pé em campo e pelo menos conseguir medir forças com o adversário foi um avanço.
Como consequência, até surgiram chances para a turma comandada por Abel Braga. Gum, de cabeça, teria marcado se Muriel não voasse com perfeição para espalmar. Rafael Sobis também teve sua chance, mas não conseguiu o melhor encaixe – concluiu fraco.
O time da casa reclamou de um pênalti. Marquinho e Kleber enroscaram os braços dentro da área. O jogador tricolor foi ao chão. Os colorados se irritaram com ele. A arbitragem preferiu nada marcar.
Gols estilo Fred. Cavalieri defende pênalti
Etapa nova, vida nova para o Fluminense. O intervalo fez bem ao time carioca, que inverteu a lógica do primeiro tempo e voltou melhor a campo. Os tricolores aumentaram a posse, avançaram o time, manifestaram mais perigo ao gol de Muriel. E chegaram lá.
Se Tinga não foi Damião no primeiro tempo, Souza viveu um momento de Fred no segundo. Mariano cruzou da direita, a bola atravessou a área, passou por Rafael Moura e caiu na cabeça do meio-campista. A conclusão foi cruzada, no canto oposto de Muriel: 1 a 0 para o Flu.
O Inter arquitetou uma reação. Leandro Damião brigou com três adversários ao mesmo tempo, ficou com a bola e foi derrubado. Pênalti. D’Alessandro foi o responsável pela cobrança; e Diego Cavalieri, pela defesa. O chute do argentino foi espalmado pelo goleiro. O Flu comemorou como se tivesse feito mais um gol – afinal, ainda estava na bronca, pedindo puxão de Tinga em Souza na outra área.
O Fluminense ainda teria tempo de mostrar ao Inter que pênalti não é artigo que se jogue fora. Wilson Matias derrubou Fernando Bob dentro da área - e foi expulso. Rafael Moura foi melhor que D'Alessandro. Bateu firme, superou Muriel e encerrou a esperança de reação dos colorados.
Final: 2 a 0 para os tricolores, diante de público de 4.637 pagantes e renda de R$ 155.385,00.
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