Análise: Bahia tem domínio e volume para definir final, mas deixa o Vitória vivo para 2º jogo

17/03/2025 09h41


Fonte ge

Os primeiros 90 minutos da final do Campeonato Baiano foram controlados pelo Bahia, que venceu o Vitória por 2 a 0, na noite do último domingo, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, e poderia até ter feito mais, não fosse o pênalti perdido por Lucho Rodríguez. O Rubro-Negro até viveu alguns bons momentos, mas foi inofensivo na maior parte do tempo e só sobreviveu graças a Lucas Arcanjo.

O clássico começou com seis zagueiros em campo. Três de cada lado. Thiago Carpini foi pronto para se defender com uma linha de cinco marcadores. No caso de Rogério Ceni, o plano era aumentar a estatura do time para correr menos riscos na bola parada. O terceiro zagueiro tricolor (Ramos Mingo) fazia o papel de lateral-esquerdo sem bola. Ou seja, o Bahia se defendia com uma linha de quatro jogadores.

Os três zagueiros do Bahia reforçaram a altura do time para as bolas paradas defensivas, mas também para as ofensivas. E foi justamente esse o caminho que o Tricolor usou para abrir o placar já aos seis minutos, quando Everton Ribeiro cobrou falta, e Gabriel Xavier cabeceou para o fundo das redes.
Imagem: Walmir Cirne/AGIFGabriel Xavier comemora gol do Bahia.(Imagem:Walmir Cirne/AGIF)Gabriel Xavier comemora gol do Bahia.

Além dos três zagueiros, os dois times apostaram na pressão alta para gerar jogo já no campo de ataque. O Bahia foi quem executou melhor o plano nos primeiros minutos, com um perde-pressiona que manteve no tricolor em fase ofensiva até por volta dos 15 minutos. Depois o Vitória conseguiu forçar erros de Caio Alexandre e Kanu na saída de jogo, mas não aproveitou.

As semelhanças entre os times acabaram por aí. Mesmo nos momentos em que o Vitória conseguiu equilibrar o jogo, o Rubro-Negro não foi capaz de criar grandes chances de gol. Do outro lado, o Bahia não chegou a ser dominante, mas era capaz de criar jogadas com início, meio e fim.

Mais uma vez o Vitória sentiu falta de jogadores com mais qualidade técnica para tratar bem a bola, principalmente no setor ofensivo. E isso o Bahia teve. Everton Ribeiro, além da assistência no primeiro gol, foi um ritmista no meio de campo. No ataque, Erick Pulga foi sempre sinal de perigo.

O segundo gol do Bahia teve assinatura de Pulga. O camisa 16 brigou por uma bola perdida, ganhou de dois zagueiros e chutou colocado na saída de Lucas Arcanjo. Um lance que parece impossível de ser emulado pelos atacantes do Vitória.
Imagem: Rafael Rodrigues / EC BahiaErick Pulga comemora gol no Ba-Vi(Imagem:Rafael Rodrigues / EC Bahia)Erick Pulga comemora gol no Ba-Vi

Vitória só sobrevive

No começo do segundo tempo Pulga ainda sofreu um pênalti perdido por Lucho Rodríguez. O lance manteve o Vitória vivo, e Thiago Carpini soube se agarrar aos aparelhos para ajudar o time a respirar. O treinador colocou Ronaldo Lopes no lugar de Neris e desfez o esquema com três zagueiros para reforçar o meio de campo. De quebra, sacou da partida o defensor que estava em noite desastrosa na Fonte Nova.

O Vitória voltou a equilibrar o jogo, mas novamente sofreu com a falta de qualidade para criar jogadas no ataque. Mesmo quando teve a posse de bola, o Rubro-Negro foi controlado pelo Bahia, que não sofreu defensivamente e começou a explorar contra-ataques cada vez mais perigosos. Lucho ainda teve mais uma ótima chance e não conseguiu aproveitar.
Imagem: Victor Ferreira / EC VitóriaBaralhas e Cauly no Ba-Vi (Imagem:Victor Ferreira / EC Vitória)Baralhas e Cauly no Ba-Vi 

Agora com o Bahia em vantagem, as equipes se reencontram neste domingo, no Barradão, onde a bola começa a rolar a partir das 16h (de Brasília). Antes, Tricolores e Rubro-Negros entram em campo pela Copa do Nordestes, nesta quarta-feira. O Esquadrão visita o CSA às 19h, e o Leão recebe o Sport às 21h30.


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