Análise: com assinatura do Dinizismo, Brasil atropela a Bolívia para festa do torcedor

09/09/2023 12h20


Fonte ge

Venceu, convenceu e demonstrou traços de autoralidade de Fernando Diniz. Por mais que a Bolívia esteja longe de ser um adversário poderoso, a goleada por 5 a 1 do Brasil na estreia nas eliminatórias deixou uma primeira boa impressão para o torcedor com a assinatura do Dinizismo.

A liberdade para Neymar circular por onde quisesse em campo funcionou, e o craque foi além do recorde de gols com uma atuação com direito a quase golaço, chute no travessão e um festival de dribles. Uma noite para “se divertir” como definiu o treinador.

O protagonismo do camisa 10 veio acompanhado de grandes performances de nomes como Rodrygo e Raphinha. Com Renan Lodi espetado na linha ofensiva, o Brasil tirou a sobra da defesa boliviana e permitiu que os atacantes infernizassem os adversários sempre que ficavam no mano a mano.
Imagem: Pedro Martins / Foto FCFernando Diniz comemora gol de Neymar em vitória sobre a Bolívia.(Imagem:Pedro Martins / Foto FC)Fernando Diniz comemora gol de Neymar em vitória sobre a Bolívia.

Sem pressão na saída de bola, o Brasil se estruturou no 3-2-5 nas ações de ataque e teve muito volume no campo ofensivo. Lodi e Rodrygo dialogaram bem pela esquerda, enquanto Raphinha, com menos frequência, teve o auxílio de Danilo. O Brasil se debruçou no ataque e só não foi para o intervalo goleando por conta da grande atuação do goleiro Viscarra.

Brasil x Bolívia

  • Posse de bola: 80% x 20%
  • Finalizações: 21 x 4
  • Finalizações no gol: 11 x 3
  • Passes trocados: 614 x 156
  • Faltas cometidas: 6 x 14
  • Escanteios: 6 x 1

No meio, Bruno Guimarães foi o ponto de equilíbrio com conhecimento evidente dos conceitos de jogo de Diniz. No lance do primeiro gol, foi dele a bola longa para Raphinha tabelar, finalizar e Rodrygo escorar no rebote.

Neymar foi um caso à parte e teve no quase golaço em arrancada ainda no primeiro tempo um exemplo do quanto circulou por vários setores do campo. O lindo lance começou ao receber a bola quase no meio de campo e partir em direção ao gol. Em alguns momentos, ele dialogava com os zagueiros e recebia a bola atrás de Casemiro.

Na volta do intervalo, o Brasil foi arrasador e verticalizou as ações para encontrar espaços na bem postada defesa da Bolívia. Raphinha teve a boa atuação recompensada com o segundo gol, e Bruno Guimarães descolou lindo passe para Rodrygo marcar o terceiro.

A partir daí, os holofotes voltaram para o show de Neymar. Em duas jogadas de Raphinha pela direita, o camisa 10 apareceu bem para finalizar no centro da área e marcar um lugar na história: o 78º e 79º do maior artilheiro de todos os tempos da Seleção.

O Dinizismo estreou em grande estilo.

 

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Tópicos: brasil, bola, neymar