Análise: Cruzeiro cumpre objetivos e respira antes de decisões em campo e nos bastidores

03/02/2025 09h40


Fonte ge

Imagem: Gilson Lobo/AGIFGabigol, do Cruzeiro, comemora gol marcado diante do Uberlândia.(Imagem:Gilson Lobo/AGIF)Gabigol, do Cruzeiro, comemora gol marcado diante do Uberlândia.

O Cruzeiro nem precisou brilhar para vencer o Uberlândia. Sofreu um susto, mas rapidamente se recompôs para construir o placar de 3 a 1, no Mineirão, de virada. Resultado importante, com objetivos cumpridos para iniciar uma semana de decisões em campo e nos bastidores.

A tabela impõe ao Cruzeiro a realização de dois clássicos seguidos. Na quarta, pega o América-MG, às 22h (de Brasília), no Independência. No domingo, a Raposa recebe o Atlético-MG, no Gigante da Pampulha.

Até por isso, era importante bater o Uberlândia e construir gordura na liderança do Grupo C, mas também era preciso “encher o tanque” para enfrentar os rivais em boas condições físicas. Wesley Carvalho conseguiu unir as duas coisas.

O técnico interino mandou a campo um time mesclado, mesmo com cinco desfalques por questões médicas. Teve que acionar Jonathan Jesus logo nos minutos iniciais, após perder João Marcelo por lesão, mas pôde seguir a programação estabelecida para Matheus Pereira, Dudu e Marquinhos, acionados na reta final do segundo tempo. Com a participação do trio, chegou ao gol que sacramentou a vitória.

Mas, antes disso, a partida estava controlada. O Cruzeiro teve a posse de bola durante todo o jogo, mas sofria alguns sustos em transições de velocidade do Uberlândia, principalmente explorando os lados do campo. Em um cochilo de Fagner e Fabrício Bruno, o time do Triângulo abriu o placar, aos 11 minutos.

Por mais que o Uberlândia estivesse fechado, não conseguia impor tantas dificuldades ao Cruzeiro, que chegava com facilidade ao “último terço” do campo. A equipe celeste, por outro lado, pecava no acabamento das jogadas, com cruzamentos errados, tabelas frustradas e arremates travados. Mas a resposta efetiva chegou rápido, com empate aos 22. Matheus Henrique demonstrou oportunismo de atacante para aproveitar sobra de Bolasie.

O jogo seguiu da mesma forma, e o Uberlândia perdeu as chances mais claras para fazer o segundo gol. O Cruzeiro chegou até ele aos 40, com pênalti convertido por Gabigol. No retorno para o segundo tempo, o time do interior já não teve a mesma força, e a equipe da casa controlou ainda mais as ações quando lançou a campo Dudu, Matheus Pereira e Marquinhos, claramente mais entrosados.

Vitória confirmada e vantagem de quatro pontos na tabela, restando nove em disputa. Como seis deles são contra os adversários mais fortes do campeonato, a gordura criada neste momento é importante. O Cruzeiro fez o dever de casa, mesmo descansando jogadores, e dosou ainda mais a pressão que se instalava no momento em que Fernando Diniz foi demitido. O ambiente externo já está mais leve, uma semana após a saída do treinador.

E isso é bom para receber o novo treinador, o que deve acontecer nesta semana, em meio aos clássicos, com a provável chegada de Leonardo Jardim. O português assumirá um time com traços de entrosamento e, quem sabe, até classificado às semifinais do Campeonato Mineiro.

O que pode acontecer na quarta-feira, caso vença o América e o Aymorés perca para o Tombense fora de casa. Mas, mais do que isso: o Cruzeiro se mantém na briga pela melhor campanha da primeira fase, que lhe daria o direito de decidir semifinal e eventual final no Mineirão.

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