Análise: "expulsões" frustram parte do planejamento do Palmeiras, que vira a chave para clássico

03/07/2023 08h36


Fonte ge

Pensando nas quartas de final da Copa do Brasil, o Palmeiras foi até Curitiba enfrentar o Athletico, com reservas, ficou no empate e por pouco de voltar para São Paulo com três pontos na bagagem.

Enquanto o jogo teve igualdade numérica de jogadores em campo, o Palmeiras foi superior. Tanto que abriu 2 a 0 no placar. As "expulsões", porém, condicionaram o jogo ao 2 a 2 final.
Imagem: Cesar Greco / PalmeirasAthletico x Palmeiras, Gustavo Gómez reclama com o árbitro.(Imagem:Cesar Greco / Palmeiras)Athletico x Palmeiras, Gustavo Gómez reclama com o árbitro.

Logo no começo do primeiro tempo, Zé Ivaldo merecia ter sido expulso por cotovelada em Endrick, em pênalti marcado para o Palmeiras e perdido pelo jovem atacante. Com um a menos desde o começo, a dinâmica do jogo poderia ser completamente diferente para ambos os lados.

Já no segundo tempo, Garcia fez pênalti ao deixar o braço aberto demais na área. Como já tinha um cartão amarelo, recebido no primeiro tempo por atrasar o reinício do jogo em uma cobrança de lateral, foi expulso. Nessas condições, o Athletico dominou e conseguiu o empate.

Tirando essas condicionantes, muito ressaltadas por diretoria e comissão técnica do Palmeiras após o jogo, é possível fazer uma análise positiva da partida, que foi uma antes e depois da expulsão do lateral palmeirense. Com titulares preservados, mas com empate no Brasileirão, parte do planejamento foi cumprido.

Há de se destacar a presença da base do clube. Seis jogadores titulares são formados pelo Palmeiras. A última vez que o time teve seis ou mais Crias da Academia começando no time principal foi em dezembro de 2021, na vitória por 1 a 0 contra o Ceará – eram dez.
Linha de cinco e transição

A presença de Naves, zagueiro revelado nas categorias de base do Palmeiras, entre os titulares foi uma surpresa. Ao lado de Gustavo Gómez e Murilo, o jovem foi escalado para formar uma linha de três zagueiros, que virava uma de cinco com Vanderlan e Garcia.

A ideia de João Martins e comissão técnica era para segurar o ímpeto de Vitor Roque pela direita do ataque athleticano. Na primeira etapa, Naves conseguiu dobrar a marcação, ora com Murilo, ora com Vanderlan, e matar a jogada do atacante adversário.

Ao mesmo tempo, Naves também cumpriu a função de primeiro volante quando Richard Ríos, mais isolado no meio-campo palmeirense, subia para criar o jogo. Essa posição já foi feita por Naves na base.
Imagem: Cesar Greco/Palmeiras  Naves em ação em Athletico 2 x 2 Palmeiras, pela 13ª rodada do Brasileirão.(Imagem:Cesar Greco/Palmeiras ) Naves em ação em Athletico 2 x 2 Palmeiras, pela 13ª rodada do Brasileirão.

Seguro na defesa, o Palmeiras teve qualidade e velocidade para definir as jogadas de transição. No primeiro gol, Luis Guilherme e Garcia tabelaram na defesa para lançar Breno Lopes direto no ataque e cruzar para Endrick marcar.

No segundo gol do Verdão, logo depois de perder a bola no campo de ataque, o Palmeiras já pressiona com Vanderlan e Gabriel Menino para recuperar a posse e finalizar. Contando com a sorte de um desvio, o volante fez o 2 a 0.

Enquanto o Verdão tinha os 11 jogadores em campo, foi superior, mas também correu riscos. Um pouco isolado no meio, Richard Ríos arriscou para quebrar a linha de marcação adversária, mas concedeu ataques perigosos ao Athletico. Na segunda etapa, isso foi ajustado com a entrada de Menino e Fabinho.

Com um a menos, coube ao Palmeiras se fechar para não sofrer a virada. "Gosto amargo" na opinião de Gabriel Menino, que já precisa virar a chave para o mata-mata da Copa do Brasil.



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