Análise: inofensivo, Corinthians é engolido pelo Atlético-GO

28/07/2022 09h20


Fonte Globoesporte.com

Três dias. Esse é tempo necessário para que, no futebol brasileiro, uma equipe deixe de ser incrível para se tornar inofensiva.

Foi no domingo que o Corinthians, em pleno Mineirão, virou um jogo difícil contra o Atlético-MG, no Brasileirão, e venceu por 2 a 1. Na noite de quarta, o mesmo time perdeu por 2 a 0 para o Atlético-GO, em Goiânia, no jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil.

Nem parecia a mesma equipe, mas a base era. Fagner, Du Queiroz, Maycon, Willian e Yuri Alberto foram novamente escalados como titulares. O time ainda contou com o retorno de Cássio, recuperado de lesão, e com as entradas de Gil, Raul, Piton, Cantillo e Róger Guedes.
Imagem: Heber Gomes/AGIFYuri Alberto em Atlético-GO x Corinthians Copa do Brasil.(Imagem:Heber Gomes/AGIF)Yuri Alberto em Atlético-GO x Corinthians Copa do Brasil.

Irreconhecível, o Corinthians foi um mero coadjuvante no primeiro tempo de jogo no Antônio Accioly. Não fosse Cássio, com duas boas defesas, o placar poderia ter sido ainda mais negativo. Nos 45 minutos oficiais, o Dragão abriu o placar com Jorginho, em chute que desviou em Raul e entrou.

O Corinthians foi inofensivo. O trio de volantes formado por Cantillo, Maycon e Du Queiroz não funcionou. Além de não marcar com eficiência e dar muito espaço aos meias atleticanos, houve problemas na transição ofensiva. Du Queiroz, em noite abaixo da média, saiu no intervalo. Assim como Róger Guedes, que dormiu e não fechou a linha de passe no primeiro gol do Dragão.

Vítor Pereira melhorou o time com Adson, um dos poucos destaques do time em Goiânia. E também com Giuliano, que teve uma das poucas chances ofensivas do time. Mas foi apenas um lampejo num momento em que o Atlético-GO se fechou atrás e optou por apostar nos contra-ataques.

Entraram ainda Rafael Ramos, Fausto Vera e Balbuena nas vagas de Fagner e Cantillo, em noite de pouca efetividade, e Raul Gustavo, que saiu machucado. O volume de jogo aumentou, mas o time seguiu criando pouco, sem dar nenhum trabalho ao goleiro Ronaldo.

No fim do jogo, Léo Pereira chutou na gaveta uma bola excepcional e levou para 2 a 0 o placar, aumentando a angústia do torcedor até o dia 17 de agosto, data da volta na Neo Química Arena.

Foi uma das piores atuações sob o comando de Vítor Pereira. Pior até do que os 4 a 0 contra o Fluminense, no Maracanã, já que naquela ocasião o treinador escalou uma equipe repleta de jogadores reservas e teve de apostar na molecada. Agora, era o time principal. Não há muitas desculpas.

Resultado difícil ao se olhar as perspectivas da temporada. O caminho do título da Copa do Brasil parecia mais curto e mais alcançável do que os que precisam ser percorridos na Libertadores e no Campeonato Brasileiro, que terá segundo turno iniciado no fim de semana. Agora, ficou mais duro.

É difícil explicar uma mudança de postura tão brusca em apenas três dias. Nada está perdido, mas será preciso jogar muito mais, com a "faca na boca", como disse Vítor Pereira na coletiva. Ou o Atlético-GO eliminará o Corinthians pelo segundo ano seguido.


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Tópicos: jogo, time, placar