Análise: na ausência de Bruno Henrique, Santos mostra o quanto depende dele
15/08/2017 10h05Fonte globoesporte.globo.com
Ainda tem muito santista que torce o nariz quando Bruno Henrique pega na bola. Mas acredite, torcedor: o camisa 27 é o que de melhor o clube possui nesta temporada em seu ataque, e isto ficou provado justamente na ausência dele durante o empate em 0 a 0 com o Fluminense, na última segunda-feira, no Pacaembu, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.Foram quatro poupados por Levir Culpi, devido ao desgaste físico: David Braz, Yuri, Copete e Bruno Henrique. Os três primeiros, de uma forma ou de outra, têm quem os substitua, com menor ou igual qualidade. Em compensação, lá na frente, não há no elenco atual alguém capaz de suprir a falta do artilheiro da equipe na temporada, com 13 gols.
E não se trata apenas da quantidade de bolas na rede. Além da fase goleadora, Bruno Henrique possui:
- força;
- mobilidade;
- capacidade de jogar centralizado ou aberto pelas pontas;
- poder de finalização de cabeça.
Nenhum outro atacante da equipe reúne todas essas características no momento. Contra o Flu, o escolhido para jogar pela esquerda, onde Bruno Henrique passa a maior parte do tempo em campo, foi Thiago Ribeiro. Lento, participou pouco do jogo e acabou substituído no segundo tempo, por Lucas Crispim. E convenhamos, santista: se amanhã disserem que o Thiago Ribeiro não jogará mais pelo clube, deixará saudades?
Precisamos falar sobre o Pastor
O camisa 9 vive temporada difícil pela série de problemas físicos enfrentados – de caxumba a lesão muscular, passando por pneumonia. Logo, é até injusto cobrar dele a mesma explosão e desempenho semelhante ao do ano passado, quando marcou 23 gols em 40 jogos.
Talvez, porém, esteja na hora de Levir Culpi testar alternativas para o trio ofensivo. Dar mais oportunidades a Kayke entre os titulares ou, quem sabe, centralizar Bruno Henrique e escalar outra peça pela ponta.
Fato é que o Pastor tem a seu favor a experiência, o posicionamento na bola parada e o faro de gol, mas a condição física parece estar cobrando o preço de quem, aos 37 anos, precisa decidir partidas.
Calcanhar de Aquiles do Peixe no Brasileirão, as finalizações não foram problema diante do Fluminense. A equipe finalizou 14 vezes, segundo o Scout da TV Globo. Abaixo, fizemos um compilado dessas tentativas.
De positivo, o fato de o Santos ter arriscado mais na comparação com sua média. A qualidade das conclusões, porém, deixou a desejar.
Não à toa, o time é o pior do G-6 no número de gols marcados, com 22. Apenas Bruno Henrique e Copete marcaram nove, o que representa 40,9% disso. Tem faltado poder de fogo ao Peixe.
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