Após denúncia de atletas paralímpicos, Ministério Público abre inquérito contra humoristas

18/04/2020 12h11


Fonte GE

Imagem: ReproduçãoAndrew Parsons, presidente do IPC, protesta contra humoristas Abner Henrique e Dihh Lopes(Imagem:Reprodução)
Andrew Parsons, presidente do IPC, protesta contra humoristas Abner Henrique e Dihh Lopes 
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu, na quinta-feira, um inquérito para investigar “eventual conduta discriminatórias às pessoas com deficiências” cometida pelos humoristas Abner Henrique e Dihh Lopes em um show realizado em agosto de 2019. O caso contra os dois ganhou força na semana passada após protestos de atletas paralímpicos e denúncia formal do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB) depois de postagens de vídeos do show em redes sociais.

Os atletas consideraram discriminatórias as "piadas" da dupla envolvendo os temas autismo, Paralimpíadas, síndrome de down e câncer. Em sua representação junto ao MP-SP, o CPB enquadrou a conduta no crime chamado de capacitismo, quando um indivíduo age de forma preconceituosa e discriminatória contra a pessoa com deficiência, constante da Lei Brasileira da Inclusão (lei 13.146/2015). O Estatuto da Pessoa com Deficiência prevê pena de um a três anos de reclusão e multa, podendo a reclusão ter o seu período aumentado dependendo das condições em que o crime foi praticado.

Em nota de esclarecimento, os humoristas alegaram que o conteúdo humorístico do show se enquadra no subgênero humor-negro. Os comediantes viram os protestos dos atletas paralímpicos como um ataque à liberdade de expressão da arte.

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Tópicos: show, atletas, humoristas