Árbitro de Piauí x River-PI relata agressão, ofensa e ordem ignorada

18/04/2017 08h24

Fonte globoesporte.com/pi

O árbitro Antônio José Lopes Trindade de Sousa, que apitou o clássico disputado entre River-PI e Piauí no último domingo, relatou os episódios que o levaram a encerrar a partida disputada no estádio Lindolfo Monteiro. O juiz detalhou os motivos que o levaram a aplicar quatro cartões vermelhos, relatou as lesões alegadas pelos jogadores do Piauí e que o atleta Nil ignorou o seu chamado para retornar ao gramado após o atendimento médico. A partida terminou empatada em 1 a 1 e a comissão técnica riverina reclamou bastante. Os relatos são feitos na súmula do jogo, publicada no fim da tarde desta segunda-feira no site da FFP.

Segundo o relato, a expulsão ainda no primeiro tempo de Alisson Salazar, do Piauí, se deu em razão dele segurar e derrubar um adversário, impedindo chance clara de gol. No segundo tempo, o meia Dudu também foi expulso, segundo o árbitro, por tê-lo ofendido com palavras de baixo calão quando estava sendo substituído. O atacante Testinha foi o terceiro a ser expulso, e o Antônio Lopes Trindade explica que aplicou o cartão vermelho por o jogador rubro-anil ter agredido um adversário com uma cotovelada. Nos minutos finais, o árbitro também expulsou o meia Humberto, do River-PI, por ter parado com falta chance clara de gol do Piauí.

Seguindo o relato, o árbitro conta que, aos 43 minutos do segundo tempo, o atacante Nil, do Piauí, caiu em campo e saiu para receber atendimento médico. Em seguida, o mesmo aconteceu com o lateral Cinelton, outro atleta do Enxuga Rato. Antônio conta ainda que, após receber atendimento, Nil se levantou e saiu andando pela linha lateral, mas não atendeu aos chamados da arbitragem para retornar ao gramado. Quanto a Cinelton, o árbitro diz que foi informado pelo massagista que ele não teria condições de retornar à partida, deixando o Rubro-Anil com número insuficiente de atletas. Por isso, o árbitro optou por encerrar o jogo, como explicado neste trecho da súmula:

"Aos 43 minutos do 2º tempo da partida, houve a marcação de um tiro livre direto a favor da equipe do River Atlético Clube, próximo a grande área do Piauí Esporte Clube, o jogador n.11, Sr. Francisco Junior Soares Machado, da referida equipe, caiu no campo de jogo, de imediato o mesmo saiu para atendimento médico (massagista) de sua equipe. Quando iria reiniciar o jogo, outro jogador da mesma equipe de n.13, Sr. Francinelton de Oliveira Silva, imediatamente ele cai no campo de jogo, alegando câimbras nas pernas, o mesmo deixou o campo sozinho pela linha de meta de sua equipe e foi atendido pelo massagista. Quando o jogador n.11, Sr. francisco Junior Soares Machado, ficou em pé, próximo à linha lateral após o atendimento do massagista, fiz o gesto ao referido jogador para que o mesmo retornasse ao campo de jogo e dar sequência à partida, fiz novamente o gesto e o mesmo não retornou, e saiu caminhando pela linha lateral em direção ao banco de reservas de sua equipe. Retornei ao jogador n.13, Sr. Francinelton de Oliveira Silva, que também estava sendo atendido pelo massagista, Sr. Odair José Barreto Gomes, o qual informou que o referido atleta não tinha mais condições de permanecer na partida, no qual apresentava câimbras em uma de suas pernas. Esperei o tempo necessário e como percebi que os atletas não retornariam, ficando a equipe com numero insuficiente de atleta no campo de jogo para dar continuidade à partida, imediatamente dei por encerrada a mesma."

Na súmula, o placar no momento do encerramento da partida foi mantido, confirmando o empate por 1 a 1. O resultado mantém o Piauí na vice-liderança do returno do estadual, enquanto o Galo ficou em terceiro. Após o fim da partida, o técnico riverino, Eduardo Hungaro, disse que o caso deveria ser levado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Piauí e a vitória decretada em favor do River-PI.

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